“A gente reage, só que a gente não tem esse poder de redes sociais que eles têm. Desde Bolsonaro, trabalham insistentemente na geração de bolhas. E isso a gente não conseguiu fazer igual”, admite.O próprio Boulos admitiu problemas na aproximação com evangélicos, e não somente com eles. Mas também com empreendedores nas periferias, motoristas de aplicativo, setores que não se enquadram nos parâmetros usados pela esquerda brasileira tradicional para organizar a sociedade.Para tentar virar voto, o candidato do PSOL fez uma Epístola ao Povo de São Paulo —que lembra a Epístola ao Povo Brasílio, de Lula na campanha a presidente em 2002. No texto, Boulos disse reconhecer que, “pelo nosso propósito de olhar sempre para os invisíveis, muitas vezes nós da esquerda deixamos de falar com tanta gente que também guerra, sofre o dia a dia das periferias e que buscou encontrar sua própria forma de lucrar a vida”.O candidato continua: “A periferia mudou. Você, mulher que foi penetrar seu salão, vender salgados na garagem de morada ou na porta do metrô, sabe disso. Você, jovem, que financiou uma moto e foi trabalhar sem parar e sem nenhuma proteção, sabe disso. Você que pega um carruagem e dirige a cidade toda porquê motorista de aplicativo sabe disso. Muitas vezes nós deixamos de falar com vocês”.A recepção veio acompanhada de alguns esforços porquê os encontros com evangélicos —além do ato de segunda, na quinta-feira ele visitou o serviço assistencial de uma igreja evangélica. Realizou também reuniões com taxistas, fez promessas a motoristas de aplicativo e lançou proposta de risca de crédito pra empreendedores.O próprio Lula, dias depois do primeiro vez, foi na mesma risca. “Houve mudança sumarento e nós precisamos adequar o nosso exposição ao mundo do trabalho, que não é só carteira profissional assinada”, disse à rádio O Povo/CBN, do Ceará.
Créditos
![Thais Bilenky](https://portaltac.com.br/wp-content/uploads/2024/10/Esquerda-lava-roupa-suja-por-voto-de-evangelicos-em-Boulos.jpeg)
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