'Baby' e 'Malu' são melhores filmes no Festival do Rio - 13/10/2024 - Ilustrada

‘Baby’ e ‘Malu’ são melhores filmes no Festival do Rio – 13/10/2024 – Ilustrada

“Baby”, de Marcelo Caetano, e “Malu”, de Pedro Freire, foram premiados em dupla uma vez que melhores longas-metragens de ficção no Festival do Rio. O pregão foi feito na cerimônia de fechamento de um dos eventos mais importantes para a indústria cinematográfica do país, na noite deste domingo.

“Baby” acompanha Wellington, que se envolve com um varão mais velho depois de trespassar de um núcleo de detenção para jovens em São Paulo.

O filme compôs um grupo de longas exibidos no festival que se distanciaram da homofobia e do romance, temas que geralmente dominam os filmes LGBTQIA+. “Estamos discutindo as famílias alternativas, o trabalho e as parcerias econômicas, assim uma vez que a violência policial e o caos reinante no núcleo de São Paulo”, afirma Caetano, que teve seu ator protagonista, João Pedro Mariano, laureado uma vez que o melhor ator do festival.

Já “Malu” integra uma vaga de produções que se debruçam sobre seios familiares disfuncionais e passados turbulentos para exorcizar os comportamentos de seus protagonistas. A trama conta a história de Malu Rocha, mãe de Freire, vivida pela atriz Yara de Novaes, mas não é uma biografia.

O filme começa com uma visitante de Joana, filha que passou anos na França, à mãe. Atriz de teatro promissora em sua juventude, Rocha vive em uma comunidade carioca com a frustração de sua curso não ter vingado —pela asfixia dos teatros paulistas durante a ditadura, pela maternidade ou também pelo casualidade.

O longa levou Carol Duarte, que vive Joana, e Juliana Carneiro da Cunha, que interpreta a mãe de Malu, a serem consagradas uma vez que melhores atrizes coadjuvantes pelo festival. Yara de Novaes venceu uma vez que melhor atriz, e o filme, uma vez que melhor roteiro.

“Manas”, de Marianna Brennand, venceu o prêmio próprio do júri, depois de ser festejado também no Festival de Veneza, enquanto “Baby” foi exibido e festejado em Cannes. Walkiria Barbosa, diretora do Festival do Rio, comemora a recepção de longas brasileiros no exterior e defende que, se todo filme vernáculo tivesse mais investimento em promoção, mais obras alcançariam a projeção positiva dos títulos da última safra.

“Em um país continental uma vez que o nosso, precisamos ter investimento na promoção e na divulgação [de filmes nacionais]. A soberania passa também por ter um mercando interno e extrínseco possante, diz.

Luciano Vidigal levou a melhor direção por “Kasa Branca”. “Tudo Vai Permanecer Muito”, de Ray Yeoung, e “Avenida Cercadura-Mar”, de Maju de Palma, foram os vencedores do prêmio Félix, talhado a festejar as produções com temática queer. O primeiro, que também venceu o Teddy em Berlim, conta a história de Angie, que se vê a mercê dos interesses da família de sua esposa, Pat, depois se tornar viúva, aos quase 70 anos.

Para a atriz argentina Mercedes Morán, que compôs o júri do Festival do Rio, a violência de gênero e a desigualdade social são temas que se repetiram na maioria dos filmes exibidos no evento, mormente naqueles da competição principal.

Morán também protagoniza “A Procura de Martina”, que será exibido na Mostra de Cinema de São Paulo depois passar pelo Rio —assim uma vez que a maioria das produções nacionais, incluindo aquelas que estavam fora de competição, uma vez que “Malês”, dirigido por Antonio Pitanga, que reconta o levante protagonizado por escravos no Brasil do século 19. “São filmes que, no universal, não chegam aos cinemas”, diz Morán.

Confira a lista completa dos vencedores do Festival do Rio:

PREMIERE BRASIL

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO

“Baby”, de Marcelo Caetano

“Malu”, de Pedro Freire

MELHOR DIREÇÃO DE FICÇÃO

Luciano Vidigal, por “Kasa Branca”

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

Jamilli Correa, de “Manas”

MELHOR ROTEIRO

Pedro Freire, de “Malu”

MELHOR ATRIZ

Yara de Novaes, de “Malu”

MELHOR ATOR

João Pedro Mariano, de “Baby”

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, de “Malu”

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Diego Francisco, de “Kasa Branca”

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

“3 Obás de Xangô”, de Sérgio Machado

MELHOR DIREÇÃO DE DOCUMENTÁRIO

Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, de “A Queda do Firmamento”

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

Fernando Aranha e Guga Bruno, por “Kasa Branca” e “Quando Vira a Esquina”

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Thales Junqueira, de “Baby”

MELHOR FOTOGRAFIA

Arthur Sherman, de “Kasa Branca”

MELHOR MONTAGEM

Peterkimo, de “Salão de Dança”

MELHOR SOM

Marcos Lopes, Guile Martins e Toco Cerqueira, de “A Queda do Firmamento”

MELHOR CURTA-METRAGEM

“A Moçoila e o Pote”, de Valentina Varão

COMPETIÇÃO NOVOS RUMOS

MELHOR LONGA-METRAGEM

“Núcleo Ilusão”, de Pedro Diogenes

MELHOR DIREÇÃO

Davi Pretto, de “Continente”

MELHOR ATRIZ

Mayara Santos, de “Ainda Não É Amanhã”

MELHOR ATOR

Reynier Morales, de “O Deserto de Akin”

MELHOR CURTA-METRAGEM

“Mesocarpo Fresca”, de Giovani Barros

PRÊMIO FÉLIX

MELHOR FILME INTERNACIONAL

“Tudo Vai Permanecer Muito”, de Ray Yeung

MELHOR FILME BRASILEIRO

“Avenida Cercadura-Mar”, de Maju de Paiva e Bernando Florim

PRÊMIO DO JÚRI

“Baby”, de Marcelo Caetano

MELHOR DOCUMENTÁRIO

“A Bela de Gaza”, de Yolande Zauberman

A jornalista viajou a invitação do Festival do Rio



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