Ao longo de anos, a comissão presidida pelo brasileiro reuniu centenas de relatos e documentos que, eventualmente, podem ser usados para uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional. Entre os trabalhos de Pinheiro está a construção de uma cadeia de comando na execução de crimes.Naquele momento, Pinheiro indicou que não restava dúvida que torturas, violações sexuais, mortes e desaparecimentos de milhares de pessoas, inclusive de crianças, foram ordenados pelo alto escalão do governo sírio.Pinheiro liderou os trabalhos à pedido do Conselho de Direitos Humanos da ONU e foi escolhido por sua experiência e por ser brasileiro, já que o Itamaraty ainda mantinha canais abertos com Damasco.Os sírios impediram a entrada oficial da comissão ao país. Mas chegaram a receber o brasileiro de forma isolada. Ainda assim, a enquete é considerada dentro da ONU como a coleta mais completa de evidências da repressão de Assad.Ao longo dos anos, coube ao brasileiro liderar uma série de investigações. Em 2012, ele recebeu o mandato para investigar o massacre de Hula, que fez 108 mortos. Seu trabalho, segundo a Casa Branca, serviria de base para um eventual processo contra Bashar Al Assad no Tribunal Penal Internacional.Naquele momento, Moscou, Pequim e Havana votaram contra o projeto, alegando que a investigação do brasileiro seria usada politicamente para justificar uma eventual ação militar.Já em 2014, o mesmo brasileiro comandaria uma apuração sobre as ações do Estado Islâmico. Pinheiro seria recebido pelo papa Francisco para tratar da crise.
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