Assentamento Dorothy Stang, no DF, avança na conquista de direitos

Assentamento Dorothy Stang, no DF, avança na conquista de direitos

Uma parceria entre o governo federalista e a Universidade de Brasília tenta levar mais cidadania para as periferias. Posteriormente quase uma dez de luta, o Assentamento Dorothy Stang, localizado em Sobradinho, no Região Federalista, começa a ver avanços no reconhecimento de direitos: com aproximadamente 700 famílias, o assentamento receberá investimento de R$ 2,5 milhões para melhorias de infraestrutura. 

O projeto é uma iniciativa da Secretaria Vernáculo de Periferias do Ministério das Cidades (SNP) e conta com a parceria do programa de Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU – UnB).

Um posto territorial será ponto de base para as ações de mobilização, participação e fala entre a equipe técnica, o trabalho social, o poder público e a população, facilitando as iniciativas previstas no Projecto de Ação.

De pacto com o secretário de Periferias, Guilherme Simões, a ação expressa a retomada dos investimentos do governo federalista nesses territórios. “Nosso objetivo é levar infraestrutura urbana, articulada a outras políticas públicas para esses territórios por meio do Programa Periferia Viva”, destaca Simões. 

O projeto tem um comitê gestor formado por 12 integrantes (8 mulheres e 4 homens), além de voluntários que participam das mobilizações e compartilham a gestão do território.

A moradora e integrante do comitê gestor Kênya Santos de Abreu, 36, conta que a instabilidade ainda ronda a comunidade. “A polícia só vem cá quando tem qualquer incidente, qualquer troada, alguma coisa nesse sentido, fora isso, não. (…) A gente até fez essa reivindicação, que tivesse um posto de polícia, a gente cedeu cá que ficasse cá dentro (do espaço), mas não foi atendido.”

Luciene Xavier Bahia, moradora do Assentamento Dorothy Stang, identifica melhorias com o base do programa. O Região Federalista recebe a Frota das Periferias: Edição Residências Periferia Viva, realizada em Sobradinho. Foto: Wilson Dias/Sucursal Brasil

A professora e pesquisadora Liza de Andrade também atua no Programa de Pós-graduação da FAU/UnB, e explicou que a escolha do lugar foi baseada na história da comunidade: “Quando eles ocuparam, não tinha zero, nenhuma casinha de madeirite, e eles foram construindo. Esse lugar sempre foi o da plenária, as tomadas de decisão sempre foram cá. Esse “coração”, essa memória, a gente quis manter, transformando-o em um espaço simbólico do posto territorial e da plenária.”

A moradora Luciene Xavier Bahia, 47, cita melhorias feitas na comunidade com base do programa. “Daqui da comunidade, colocaram chuva, colocaram luz. Isso é uma maravilha. A gente tinha chuva, mas às vezes a gente passava três dias sem. Agora nós já temos chuva normal”.

O nome do assentamento é uma homenagem à missionária missionária católica norte-americana Dorothy Stang, da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur e da Percentagem Pastoral da Terreno (CPT). Dorothy Stang se opunha à exploração ilícito da floresta e foi assassinada em 2005, em Anapu, no Pará

 

* Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão.



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