Ao participar nesta sexta-feira (23) da inauguração da primeira fábrica brasileira de medicamentos para diabetes e obesidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou da Dependência Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) maior rapidez na aprovação de registros de remédios. O órgão é responsável pela estudo e liberação do uso de medicamentos em todo o território vernáculo.
“Vim cá inaugurar [a fábrica] e saí daqui com uma demanda. Nosso colega [Carlos] Sanches [sócio e diretor da farmacêutica EMS] fez uma demanda, uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao presidente da República: que é preciso a Anvisa caminhar um pouco mais rápido para assinar os pedidos que estão lá. Não é verosímil o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula.
“Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando qualquer companheiro da Anvisa perceber que qualquer parente dele morreu porque o remédio que poderia ser produzido cá não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos interesses do nosso país”, concluiu o presidente, ao fechar a cerimônia de inauguração da novidade vegetal da fábrica da EMS.
Entenda
Criada em janeiro 1999, a Anvisa é uma autonomia sob regime próprio, com sede e renda no Região Federalista, mas presente em todo o território vernáculo por meio das coordenações de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados. A filial tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e do consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária.
A gerência e a gestão da Anvisa são exercidas por uma diretoria colegiada composta por cinco membros, indicados pelo presidente da República e por ele nomeados, depois aprovação do Senado Federalista.
O atual diretor-presidente da filial, Antonio Barra Torres, começou seu procuração em abril de 2020, no governo de Jair Bolsonaro, e segue no incumbência até dezembro deste ano. A Dependência Brasil entrou em contato com a Anvisa e aguarda um posicionamento acerca da fala de Lula.