Duas produções da Empresa Brasil de Notícia (EBC) ficaram entre os finalistas do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Na categoria retrato, a finalista é a foto Passe Livre faz revelação em São Paulo contra aumento da tarifa, do repórter fotográfico Paulo Pinto, da Dependência Brasil.
Na categoria vídeo, a reportagem peculiar Inocentes na prisão, exibida no programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, está entre as finalistas. Fazem segmento da equipe de produção Ana Passos, Gabriel Penchel, Adaroan Barros, Caio Araujo, Carlos Junior, Alex Sakata e Caroline Ramos.
A escolha dos vencedores será feita pela Percentagem Organizadora no próximo dia 10 de outubro, das 14h às 18h, em sessão pública com transmissão ao vivo pelo meio do Prêmio no YouTube.
“A presença de produções da EBC entre os finalistas do Prêmio Herzog é um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais da empresa e do compromisso com o jornalismo público na resguardo da democracia e dos direitos humanos”, ressalta o presidente da EBC, Jean Lima.
Brasília (DF) 22/08/2024 – O fotografo da Dependência Brasil Paulo Pinto Foto: Joédson Alves/Dependência Brasil
Para o repórter fotográfico Paulo Pinto, da Dependência Brasil, a sintonia entre redação e retrato é fundamental para uma boa cobertura jornalística. “Onde tem manifestantes contra o Estado e polícia tem sempre no ar uma tensão entre as partes. Nossa função é estarmos atentos para o desfeita dos entes do Estado contra as pessoas, sejam manifestantes ou não”, descreve.
A jornalista Ana Passos, da TV Brasil, considera uma honra estar entre os finalistas do prêmio Herzog. Ela conta que a taxa do Caminhos da Reportagem surgiu da indignação diante da injustiça da prisão principalmente de jovens negros que nunca cometeram crimes, mas que foram apontados uma vez que suspeitos por conta do racismo estrutural na nossa sociedade.
“O reconhecimento de suspeitos é um objecto que foi tão discutido no meio jurídico, o entendimento dos tribunais avançou nos últimos anos, mas na prática dos agentes do sistema de Justiça os erros se repetem cotidianamente”, lamenta Ana Passos. “A gente espera que as histórias dos nossos entrevistados ajudem a fabricar mais consciência e ação em relação a esses absurdos das prisões de inocentes no Brasil”.