Amanda Cotrim

Após derrota, Milei dobra a aposta e veta recursos em saúde e educação

Já a Lei de Financiamento Universitário, também vetada por Milei, previa orçamento para o funcionamento de hospitais universitários, pesquisa científica, ensino, além da recomposição salarial de professores e funcionários, ampliação de bolsas de estudo, entre outros pontos.A Casa Rosada justificou que o custo fiscal de ambos os projetos é “muito alto e colocaria em risco o superávit fiscal”, considerado a espinha dorsal do plano econômico do presidente.É a segunda vez que o governo Milei veta uma proposta de financiamento universitário. Desta vez, o governo alegou que o projeto não atende aos requisitos legais por não especificar claramente as fontes dos recursos, o que, segundo o Executivo, é uma premissa obrigatória para qualquer lei que autorize despesas não previstas no orçamento.Milei também já havia vetado uma Lei de Emergência para Pessoas com Deficiência, que enfrentam uma grave crise de acesso à saúde. O veto foi derrubado pelo Congresso, mas o governo estaria disposto a judicializar a decisão para tentar barrar a aplicação da lei, ao menos até as eleições legislativas nacionais, em outubro, mantendo sua agenda de equilíbrio fiscal.Na próxima segunda-feira, às 21h, o presidente fará um pronunciamento em cadeia nacional sobre o orçamento de 2026. A expectativa é que ele anuncie novos ajustes econômicos.Apoio do FMIApós a derrota de seu partido, Liberdade Avança, na eleição legislativa da província de Buenos Aires, em 7 de setembro, Javier Milei reconheceu erros políticos, mas afirmou que não mudará seu plano econômico. Pelo contrário, indicou que a agenda de ajustes será intensificada, sinalizando ao mercado que novas medidas poderão ser adotadas nos próximos meses.



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