O Exército de Israel invadiu a Universidade de Birzeit, cerca de 10 km ao norte de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, na madrugada desta segunda (22) noite de domingo no horário de Brasília, de acordo com o jornal israelense Haaretz.
O periódico cita declarações da própria universidade, que teriam sido publicadas na página de Facebook da instituição. Eventuais comunicados não estão mais publicados no perfil da universidade.
Segundo o jornal, tropas israelenses agrediram guardas que faziam a segurança do local e os amarraram. Dois deles teriam sido levados para o hospital posteriormente.
O Exército de Israel não comentou, segundo o Haaretz.
Soldados também danificaram propriedade da universidade, incluindo murais que representavam a guerra na Faixa de Gaza, e distribuíram panfletos a estudantes e funcionários.
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Em um desses panfletos, que de acordo com o Haaretz foi publicado em páginas de rádios palestinas, o Exército comparava atividades de organizações estudantis a atividades terroristas e fazia ameaças de que a participação em tais atividades poderia colocar o futuro dos estudantes em perigo.
O reitor para questões estudantis da Universidade de Birzeit, Ghassan Barghouti, afirmou à rádio Al-Alam que 11 veículos militares invadiram o campus após a meia-noite e focaram os ataques a propriedade na Faculdade de Artes, Humanidades e Teatro.
O vice-reitor da universidade, Yasser Amori, disse à emissora qatari Al-Arabi e outros veículos de imprensa palestinos que este foi a terceira invasão ao campus desde o início da guerra em Gaza. A agência de notícias Wafa afirma ainda que incursões do tipo são frequentes e costumam incluir a prisão de membros da comunidade acadêmica, além de danos à propriedade e confisco de equipamentos.