Delegada, atuou com coragem e doçura em Goiás - 12/11/2025 - Cotidiano

Delegada, atuou com coragem e doçura em Goiás – 12/11/2025 – Cotidiano

Com ternura e dedicação, Silvana Gomes de Bastos Fleury conquistou respeito nas delegacias de polícia nas quais trabalhou. Quando tinha que falar algo, falava, mas de um jeito amoroso, com um sorriso marcante.

Com o sorriso, ganhava a confiança de todos e levava harmonia para sua equipe, mesmo em ambientes de pressão e estresse, como recorda a amiga de profissão Tânia Pires. “Uma guerreira, forte e determinada.”

Nascida na cidade de Goiás (GO), Silvana passou a infância em Mossâmedes, pequeno município vizinho, onde seu pai era produtor rural e sua mãe, professora.

Na juventude, estudou em Goiânia e formou-se em direito, pela Faculdade Anhanguera, em 1985. No ano seguinte, aos 23 anos, foi aprovada no concurso para delegada da Polícia Civil de Goiás. Em 1989, transferida para Anápolis, trabalhou com menores infratores.

Depois, atuou em Goiânia até se aposentar, em 2011.

“Ela prendeu até assaltante de banco, que se refugiou em Mossâmedes”, conta o marido, Marcelo Fleury.

A filha, Júlia Fleury, ressalta o espírito humanista da mãe, defensora dos direitos humanos. De coração generoso, gostava de ajudar a todos, sem fazer distinção entre as pessoas. “Tratava todo mundo de igual para igual. Ela definitivamente não tinha o perfil da delegada que acha que bandido bom é bandido morto.”

Força e coragem eram suas marcas, eternizadas para o filho João Miguel Bastos Fleury. Ele diz que a mãe era capaz de suportar o mundo nas costas, sem pestanejar ou reclamar. “Guerreira, não media esforços para fazer o bem e o justo. Com ela aprendi a encarar os meus medos e, ao mesmo tempo, olhar com empatia para o próximo.”

A coragem de Silvana ficou evidente após a descoberta de um câncer de mama, muito agressivo, pelo qual passou com positividade, fé e alegria. “Ninguém viu minha mãe reclamar de dores. Sempre que alguém perguntava se ela estava bem, abria um sorriso e dizia que sim”, lembra a filha.

Em seus momentos de lazer, amava ficar na fazenda, testando receitas novas ou suas tradicionais, como bolo de fubá, pão de queijo, pamonha e broa. Também amava a natureza e as flores, em especial as orquídeas.

“Ela era doce e firme ao mesmo tempo. Mostrava o lado bom da história e acalentava. Uma grande amiga. Nos ensinou o que é amar”, conta a amiga Ana Paula Fayad.

Silvana morreu em 22 de setembro, de câncer, aos 62 anos. Deixa os pais, dois irmãos, o marido e dois filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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