Em vez de droga, uso meditação, diz Luciano Szafir - 14/11/2025 - Equilíbrio

Em vez de droga, uso meditação, diz Luciano Szafir – 14/11/2025 – Equilíbrio

O Brasil foi considerado como o país líder em ansiedade e depressão durante o período da pandemia, segundo pesquisa da Universidade de Ohio, divulgada em 2023. O isolamento e as incertezas deste período despertaram maior interesse por saúde mental.

A busca pelo equilíbrio levou os brasileiros a se abrirem mais para a meditação, dizem especialistas no filme “Ser feliz por nenhum motivo”, que teve sua estreia na Mostra de Cinema de São Paulo e chegou nesta sexta-feira (14) à plataforma de streaming brasileira Aquarius.

O documentário de Edu Felistoque traz relatos de praticantes famosos —Angélica, Juliana Paes, Luciano Szafir, Marcelo Serrado e Fernanda Lima—, que contam como a meditação os ajudou a passar por momentos emocional e fisicamente difíceis.

Meditação é uma prática mental que ajuda a treinar a atenção e a trazer mais calma e clareza para o dia a dia. Ela geralmente envolve focar algo específico, como a respiração, sensações do corpo, um som ou um pensamento. Existem muitos tipos, como meditação guiada, mindfulness (atenção plena), meditação com mantras e meditação respiratória —cada pessoa pode se adaptar a um deles.

“A ciência hoje fala coisas que a ioga já falava 100 anos atrás”, diz Tiago Leão, professor de ioga e neto do professor Hermógenes, pioneiro da divulgação da prática, que envolve meditação, no Brasil. Segundo Leão, a ciência já descobriu que a meditação tem o poder de transformar até a estrutura do cérebro.

Os efeitos são vistos por pessoas que utilizam a prátrica no tratamento de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, insônia, dores crônicas e até doenças cardiovasculares, diminuindo a pressão arterial. No documentário, cada um dos artistas diz como a meditação mudou suas vidas:

Marcelo Serrado, 58, conta que, durante a pandemia, começou a ter crises de ansiedade. Ele conta que, já após o período de lockdown, voltava de férias com a família e sentiu uma forte crise de pânico que não o deixou embarcar no avião. Na volta para o Brasil, a meditação o ajudou a tratar os sintomas.

O luto motivou a apresentadora Fernanda Lima, que se apoiou na prática após a morte do pai, durante a pandemia. “Eu tinha vontade de me rasgar de dor, de culpa, de impotência. A meditação me acalmou e tirou a culpa”, diz. Ela afirma ter usado o mesmo recurso ao acompanhar os últimos dias da mãe no hospital. “Eu conseguia porque acordava às 5h, estendia meu tapete e trabalhava meu espírito, minha mente.”

Angélica, 51, diz que começou a praticar meditação de verdade um ano após passar por um pouso forçado de avião com o marido, Luciano Huck, e os filhos. Foi num dia comum que a apresentadora teve um episódio de pânico. Ela conta que, no momento, foi medicada, mas não é adepta do tratamento medicamentoso e, por indicação de uma amiga, começou a meditar constantemente.

Praticante de meditação desde os seis anos, o ator Luciano Szafir, 56, conta que o hábito ganhou novo significado quando foi ele internado com Covid e pensou que poderia morrer. Ele diz que a prática o ajudou a controlar o medo e interromper pensamentos sobre a morte. “Quem não medita acha bobagem. Não é. É uma válvula de escape. Tem gente que usa bebida, usa droga. Eu uso meditação”, afirma no filme.Juliana Paes também diz que recorreu à meditação após enfrentar um transtorno de estresse pós-traumático e períodos de luto, encontrando no exercício uma forma de reorganizar as emoções. Mariana Ximenes conta que buscou um aplicativo de meditação guiada e incorporou o hábito ao cotidiano. “Faço na hora de dormir, quando acordo, quando estou em deslocamento”, diz, destacando a facilidade de adaptar a prática à rotina.



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