A mulher suspeita de mandar matar a técnica de enfermagem Laís Oliveira Gomes Pereira, 26, em Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, se entregou à polícia nesta segunda-feira (17).
Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário se apresentou à Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, também zona oeste da cidade, acompanhada de dois advogados.
Segundo a Polícia Civil, ela temia ser capturada ou ter a integridade física ameaçada.
Segundo a investigação, Gabrielle é suspeita de oferecer R$ 20 mil pelo assassinato de Laís, motivada pelo desejo de obter a guarda da filha da vítima.
Ela é a atual companheira do ex-namorado de Laís e, de acordo com a polícia, demonstrava comportamento possessivo em relação à criança.
“A mandante do crime demonstrava comportamento possessivo em relação à filha da vítima e elaborou todo o plano para que ela e seu companheiro ficassem com a guarda da criança. A mulher chegou a ameaçar a Laís por mensagens em uma rede social por ciúmes do marido com a vítima”, disse a polícia em nota.
Laís foi assassinada na manhã do dia 4 deste mês. Ela foi atingida por um tiro na nuca no momento em que caminhava pela travessa Santa Vitória e empurrava o carrinho do segundo filho, de 1 ano e 8 meses. O bebê não ficou ferido.
Imagens de câmeras de segurança mostram os envolvidos no crime circulando pela região instantes antes do ataque.
Já foram presos uma mulher suspeita de ser a intermediária do assassinato e dois homens suspeitos de serem os executores.
Um deles, Davi de Souza Malto, foi preso em uma lanchonete em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após denúncia da própria mãe, Kelly Silva de Souza, que o reconheceu através de imagem de câmera de segurança divulgada após o crime.
“Eu reconheci meu filho na imagem. Eu liguei pra denunciar o meu filho. Porque meu filho foi nascido na igreja, meu filho tocava guitarra no ministério de louvor. Eu nunca imaginei que meu filho fosse tirar a vida de uma menina inocente”, afirmou Kelly ao RJ2, da TV Globo.
“Eu quero pedir perdão pra esse pai. Essa família da Laís que chora. Porque se eu estou sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior”, disse a mãe.
A defesa de Davi não foi localizada pela reportagem.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga possíveis envolvidos na fuga de Gabrielle e a eventual participação desses apoiadores em outros crimes, como estelionato.
A suspeita chegou à delegacia cercada de jornalistas e não deu declarações. A defesa nega que ela seja a mandante do crime.


