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O presidente Lula sancionou, nesta terça-feira (26), a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. A nova regra passa a valer em janeiro de 2026 e deve beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros, segundo estimativas do governo federal.
Além de isentar quem ganha até R$ 5 mil, a lei também reduz a cobrança do IR para rendas de até R$ 7.350, aliviando o peso tributário da classe média.
Medida com impacto eleitoral e compensação tributária
A proposta foi aprovada com ampla maioria no Congresso e é tratada como uma das principais bandeiras eleitorais do governo para 2026. Para compensar a perda estimada de R$ 31,2 bilhões em arrecadação anual, o texto estabelece:
Tributação mínima para contribuintes com renda acima de R$ 600 mil por ano;
Taxação de 10% sobre dividendos enviados ao exterior;
Cobrança adicional progressiva para altas rendas, chegando aos 10% apenas para quem ultrapassar R$ 1,2 milhão anuais – grupo que representa cerca de 0,13% dos contribuintes.
Segundo o governo, as medidas buscam reduzir brechas utilizadas por profissionais de alta renda e fortalecer a justiça tributária no país.
Para quem ganha acima de R$ 7.350, nada muda
Os contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 continuam seguindo as regras atuais. A declaração de 2025, referente ao ano-base 2024, permanece inalterada.
Estratégia de governo para a disputa de 2026
A sanção da lei reforça o movimento político do governo federal em direção à reeleição em 2026. A ampliação da isenção do IR tem forte apelo popular e deve ser usada como uma das principais bandeiras na campanha presidencial.
