“Eu nunca tive nenhuma ocorrência, talvez nem de multa. Eu não ia, em momento nenhum, brigar com uma pessoa por causa segundos parados atrás de um caminhão, jamais. Só na minha rua naquele dia eu fiquei meia hora. Fiquei meia hora esperando, nem por isso fiz nada. Essa justificativa não tem sentido”, afirmou o réu.Na audiência judicial, ele não informou diretamente se atirou ou não no gari, embora tenha negado que confessou o crime na delegacia. “Em momento nenhum no meu depoimento tem nada falando que atirei em ninguém, dizendo que sou réu confesso. Eu não atirei em ninguém”, disse à juíza. De acordo com a Polícia Civil, a confissão aconteceu no dia 18 de agosto, na sede do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Em um novo interrogatório, realizado ontem (18 de agosto), o suspeito de praticar o homicídio, que vitimou o senhor Laudemir de Souza Fernandes, confessou a prática do crime”, disse a polícia em nota à época. Segundo os investigadores, o empresário alegou que efetuou o disparo “em razão de uma discussão de trânsito e que a sua esposa, servidora da Polícia Civil de Minas Gerais, não tinha conhecimento que ele havia se apoderado da arma particular da delegada, uma pistola, calibre .380”.O réu deu sua versão dos fatos na audiência, mas não respondeu as perguntas. Durante a audiência, ele relatou que foi ameaçado por policiais, que poderiam prejudicar sua esposa, que é delegada, para que fizesse o desbloqueio do celular. “Se eu não entregasse a senha, poderiam me prejudicar aqui”, afirmou.No primeiro dia de audiências, a Justiça ouviu oito testemunhas do caso, entre elas a motorista do caminhão de coleta de lixo em que a vítima estava quando foi atingida, três colegas de serviço e quatro policiais civis e militares que atenderam à ocorrência. No segundo dia, foram ouvidos três policiais, uma pessoa ligada à empresa em que o réu trabalhava, além do próprio empresário.
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