PL intensifica pressão para pautar anistia na Câmara mesmo sem aval de Hugo Motta

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O Partido Liberal (PL) voltou a movimentar os bastidores de Brasília em uma tentativa de acelerar a votação da proposta de anistia a investigados e condenados nos atos de 8 de Janeiro. Mesmo sem o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a sigla busca alternativas regimentais para levar o tema ao plenário.
A estratégia do partido é aproveitar eventuais ausências de Hugo Motta em viagens oficiais. Nesses momentos, quem assume interinamente a presidência da Casa é o vice-presidente, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ). Com isso, o PL tenta convencer Côrtes a incluir a anistia na pauta durante esses períodos de interinidade.
Essa não é a primeira investida. Há cerca de duas semanas, durante a participação de Motta na COP30, realizada em Belém (PA), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, pressionou Altineu Côrtes a colocar o tema em votação. Mesmo alinhado ao partido, Côrtes recusou a solicitação, alegando que não poderia mudar a agenda previamente estabelecida por Motta antes de sua viagem.
A insistência do PL demonstra o peso político que a anistia ganhou dentro da sigla, especialmente entre aliados do ex-presidente que buscam reverter consequências jurídicas dos eventos de 8 de Janeiro. Por outro lado, a resistência de Hugo Motta e de parte da Câmara mostra que o tema ainda encontra barreiras para avançar.
Nos próximos dias, o cenário seguirá em observação. Caso novas viagens ou compromissos afastem Motta da presidência da Casa, o PL deverá intensificar sua ofensiva para tentar levar a anistia ao plenário  mesmo que ainda encontre resistência interna.

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