Construção civil celebra reajuste do MCMV em 2025 - 28/12/2025 - Mônica Bergamo

Construção civil celebra reajuste do MCMV em 2025 – 28/12/2025 – Mônica Bergamo

O setor da construção civil avalia como um avanço relevante o reajuste dos tetos do Minha Casa, Minha Vida para as faixas 1 e 2, aprovado pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A leitura entre empresários é de que a medida amplia de forma concreta o alcance do programa em municípios do Norte e do Nordeste —regiões onde o programa vinha enfrentando queda nas contratações.

A expectativa das construtoras é de um novo recorde de contratos já em 2026. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção prepara uma proposta técnica para discutir, com o governo federal, a revisão das demais faixas do programa no próximo ano. “O diálogo com o Ministério das Cidades é contínuo”, afirma Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da entidade.

O reajuste dos tetos não altera os subsídios diretos às famílias, mas permite que mais imóveis se enquadrem nas regras de financiamento. O limite máximo para as faixas 1 e 2 chegou a até R$ 275 mil, com variações conforme o município, beneficiando 263 cidades, segundo o governo federal.




Número de habitantes
Limite atual do valor do imóvel
Novo teto




Acima de 750 mil
R$ 264 mil
R$ 275 mil


Entre 300 mil e 750 mil
R$ 250 mil
R$ 270 mil


Entre 100 mil e 300 mil
R$ 230 mil
R$ 245 mil

A avaliação no setor é de que a mudança ajuda a compensar a alta dos custos da construção e pode atrair novamente incorporadoras para atuar nas faixas de menor renda, especialmente em regiões onde a produção havia praticamente travado.

O movimento ocorre em um contexto de forte aposta do governo Lula no programa habitacional, tratado como uma das vitrines da gestão. O Ministério das Cidades trabalha com a meta de atingir 3 milhões de unidades contratadas até o fim do mandato presidencial, superando a previsão inicial de 2 milhões.

Em 2025, o Minha Casa, Minha Vida contratou quase 200 mil unidades na faixa 1 e cerca de 157 mil na faixa 2, o equivalente a 29% do total. A projeção oficial era fechar o ano com aproximadamente 660 mil unidades contratadas —a maior parte financiada com recursos do FGTS.

Para 2026, o orçamento aprovado pelo Conselho Curador do FGTS para habitação e saneamento soma R$ 160,5 bilhões, dos quais R$ 144,6 bilhões serão destinados à habitação. O setor vê nesse volume de recursos, aliado ao reajuste dos tetos, um cenário favorável para que o programa volte a crescer justamente nas faixas que concentram o maior déficit habitacional do país.

com DIEGO ALEJANDRO, KARINA MATIAS e VICTÓRIA CÓCOLO


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