O PSDB errou. Falamos disso faz tempo. O PSDB errou ao não lançar candidato a presidente da República em 2022.
O PSDB diminuiu de tamanho. A matemática é inexorável. Temos 13 deputados federais, já tivemos quase 100. O PSDB que já governou o Brasil por oito anos, o estado de São Paulo por 28 anos, administrou 18 estados em momentos diferentes, hoje tem três governadores.
Não podemos esconder a verdade. Temos hoje menos deputados do que já tivemos, contamos com unicamente um senador e encerramos a eleição de 2024 com 273 prefeitos eleitos em todo o Brasil, nenhum em capital.
Mas o que nos espanta é a quantidade de vezes que tentam nos enterrar vivos. Sim, mais vivos do que nunca.
A colunista Camila Rocha, nesta Folha, decretou nosso término com seu item “Eleição de 2024 foi a última pá de cal no enterro do PSDB”. Não foi a primeira a anunciar nosso enterro, provavelmente não será a última, mas entendemos que todo mundo tem recta à opinião, assim uma vez que todos têm recta a ter saudades do PSDB na vanguarda política brasileira, mantendo a disputa no campo das ideias, com propostas sérias e sempre respeitando quem pensa dissemelhante.
Agora, ninguém decretou o término do PT, que lançou mais candidatos e elegeu menos prefeitos que o PSDB nesta eleição, mesmo com um fundo eleitoral imensamente maior e o presidente da República. Ninguém decretou o término do PSOL, que não elegeu nenhum prefeito.
O Brasil é maior que São Paulo, onde, diga-se, elegemos cinco vezes mais prefeitos que o PT.
Em Mato Grosso do Sul, elegemos prefeitos em mais de 50% dos municípios. Em Pernambuco, somos o maior partido em número de prefeituras. Crescemos também no Rio Grande do Sul. São três estados que o PSDB governa. Isso ajuda a explicar o que estamos falando também faz tempo: o governador tem um papel imenso na eleição dos prefeitos, muito maior do que o presidente da República, por exemplo.
A explicação de boa secção da queda no número de prefeituras administradas pelo PSDB é a perda do governo de São Paulo, um tanto que também pode ser parcialmente explicado por não termos lançado candidato a presidente. Ou por outra, Minas Gerais, sob a liderança de Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel, foi o estado em que elegemos o maior número de prefeitos, e nos aliamos ao prefeito reeleito da capital ainda no primeiro vez.
Estamos lutando para nos reconstruir. Reconstrução é um termo possante, mas verdadeiro. Nossa força vem das boas ideias, do histórico de entregas que melhoraram a qualidade de vida da população e de nossa militância, que não para de apresentar líderes qualificados, jovens e cheios de robustez e de boas ideias.
Eduardo Leite, nosso pré-candidato a presidente da República, é o primeiro governador eleito duas vezes no Rio Grande do Sul e enfrentou com resiliência e coragem o maior sinistro ambiental da história do estado. Raquel Lyra enfrenta enormes dificuldades em Pernambuco, mas tem comprovado sua liderança e sua capacidade de gestão, tanto que o PSDB é o partido com mais prefeituras eleitas no Estado. Eduardo Riedel tem oferecido seguimento às excelentes gestões de Reinaldo Azambuja em Mato Grosso do Sul, onde elegemos mais de metade dos prefeitos.
Para 2026, temos a meta de escolher deputados federais em todos os estados e lançar ao menos dez candidatos fortes a governador. Vamos apresentar o melhor candidato a presidente e as melhores propostas para o Brasil. E vamos provar que declararam nossa morte cedo demais.
