Mais de 1 mil comunidades tradicionais da Amazônia já têm internet

Mais de 1 milénio comunidades tradicionais da Amazônia já têm internet

Mais de 1 milénio comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas da Amazônia já estão conectadas em rede de internet. A marca foi alcançada em agosto pelo projeto Conexão dos Povos da Floresta, que visa levar inclusão, segurança e empoderamento do dedo às comunidades pela conectividade. 

Entre as beneficiadas está a terreno quilombola Vila São José do Gurupi, localizada no Pará. O projeto já conectou quatro comunidades quilombolas. A chegada da internet proporciona novas oportunidades de estudo e trabalho aos moradores. “Estão surgindo novas oportunidades que eu não tive para estudar, para fazer um curso técnico. Está sendo muito positivo. É um projeto maravilhoso para mim e para a comunidade também. Com o projeto, a gente só tem a crescer”, contou a assistente social Thaís Ribeiro à Dependência Brasil. 

Suplente Yanomami (RR), 19.02.2023 – Internet de subida velocidade na lugarejo Auaris, na Terreno Indígena Yanomami. Foto: Bruno Kelly/Conexão Povos da Floresta

Já Alberico Manchineri, liderança indígena da Localidade Extrema na Terreno Indígena Mamoadate, situada no Acre, relata que os alunos podem estudar à intervalo, concluir o ensino médio e cursos técnicos, uma vez que de enfermagem e de informática. “Os barcos de alumínio estão não só levando fiscalização para nossos parentes isolados, mas também levando saúde. E não só isso, mas também o conhecimento da própria tecnologia”, disse à Dependência Brasil.

As comunidades recebem um kit de conectividade que inclui roteador de subida capacidade, antena de internet orquestra larga via satélite, celular e computador. As comunidades sem chegada à manancial inabalável de força recebem também um kit de força solar, com placas fotovoltaicas e um sistema de baterias de longa duração, que permite manter a rede funcionando 24 horas por dia.

Criado em 2022 e implantado em janeiro de 2023, o projeto Conexão Povos da Floresta é liderado pela Coordenação Vernáculo de Fala das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e pelo Juízo Vernáculo das Populações Extrativistas (CNS), em parceria com mais de 30 organizações da sociedade social, instituições e empresas .

A meta é conectar em rede, por meio de internet orquestra larga, 4.537 comunidades em territórios protegidos da Amazônia Permitido, considerados guardiões da floresta, até 2025. Essas comunidades vivem em tapume de um terço das florestas conservadas do Brasil, de combinação com dados do Instituto Socioambiental (ISA), que são responsáveis pela preservação de 42,3% da vegetação nativa.

 “A gente estrutura essa rede para trazer a consciência e dar a conectividade significativa, que é a tecnologia para além de um ponto de conexão. Todas as tecnologias que a gente usa e traz para o contexto deste projeto visam mostrar uma vez que utilizar essa tecnologia para que ela seja apropriada para conhecimento dos povos da floresta para desenvolverem o que vai fazer mais sentido no desenvolvimento e autonomia dos próprios territórios”, explica a secretária-executiva do Conexão Povos da Floresta, Juliana Dib Rezende.

Atualmente, há instalações simultâneas, por meio de diversos parceiros, em todos os estados da Amazônia. 

Outra atuação do projeto é o empoderamento do dedo, que são as ferramentas e soluções desenvolvidas no contexto do projeto, para que sejam entregues e disponibilizadas às comunidades.

A secretária-executiva salientou que os principais pilares do projeto são saúde, ensino, proteção territorial, empreendedorismo, cultura e ancestralidade, ou seja, mostrar uma vez que a tecnologia serve a todos esses pilares. “Vai ser um processo de entendimento uma vez que a gente vai conectar todos os povos da floresta em rede, que são os principais guardiões da floresta. Onde existem esses territórios, existe conservação da floresta”.

Estima-se que há mais de 8 milénio comunidades que habitam esses territórios protegidos. “A gente espera que o projeto seja perene e que a gente tenha uma pronunciação junto com as políticas públicas e que consiga trazer conectividade em rede para todos os povos da floresta, mantendo sempre a parceria com as empresas e instituições públicas e privadas”, apontou.

Outra meta do projeto é trazer o noção da responsabilidade do uso da internet, trazer o processo de autonomia na gestão dessa conectividade nas comunidades, através do entendimento de que a conectividade é estruturada para ser usada coletivamente e, também, ser uma utensílio de transformação social. “Hoje em dia, a conectividade vai além de uma simples utensílio de notícia. A partir do momento de ter entendimento e responsabilidade sobre o uso dessas tecnologias pelo lado dos povos da floresta, tem um campo muito grande de desenvolvimento aí. Por isso, a gente foca bastante no contexto do GT (grupo de trabalho) de ensino em trazer os principais conhecimentos sobre o bom uso e o uso consciente dessas tecnologias”.

O projeto conta com investimentos privados do Fundo Vale, do Bradesco, do Itaú, da Azul, entre outras empresas. Há ainda aportes financeiros de organizações sociais uma vez que o Instituto Clima e Sociedade (ICS) e o Instituto Arapyaú, além do governo do Reino Unificado.

A primeira instalação da fase-piloto foi realizada em março de 2023, na Terreno Indígena (TI) Yanomami. A mais recente instalação do kit de conexão ocorreu na comunidade Serafina, em Curralinho (PA), na Suplente Extrativista (Resex) Terreno Grande-Pracuúba. Já são mais de 27 milénio usuários cadastrados e uma população diretamente beneficiada de tapume de 81 milénio pessoas.



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