Mas há uma ferramenta que talvez os engenheiros da empresa não estejam habituados a usar que poderia ter lançado luzes à discussão sobre a sua concessão e tornado o debate mais técnico, menos apaixonado.Digo, porque por mais que queiramos, a caducidade imediata do contrato da empresa não é tão simples do ponto de vista jurídico. E se fiando nisso, a concessionária poderia ter ganhado tempo para usar uma estratégia iluminada e simples: comunicação.Faltou se comunicar adequadamente com a população, com os clientes, com o poder concedente, com o governo.Nos piores episódios, se a força maior era o principal motivo, a empresa deveria ter vindo a público esclarecer melhor, pedir desculpas, pedir ajuda, fazer compensações.Não, eram só notas frias para a imprensa. Nenhuma instituição faz gestão de crise de verdade apenas com palavras escritas. É preciso ter empatia. É preciso ser uma empresa que tenha alma, cara, coragem, que se antecipe à contingência e seus desgastes inerentes, criando um colchão de credibilidade.Seu presidente ou CEO, e não outro funcionário, por mais graduado que fosse, tinha que ter colocado a cara a tapa.
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