Na detenção, recebíamos comida encharcada e úmida. Até o pão ficava molhadoCaroline Dias GonçalvesQuem domina o idioma é mais respeitado, disse a jovem. “No momento em que perceberam que eu falava inglês, percebi uma mudança. De repente, fui tratada melhor do que outras pessoas que não falavam inglês. Isso partiu meu coração. Ninguém merece esse tratamento, especialmente em um país que chamo de lar desde os 7 anos”, disse.O UOL pediu resposta do Departamento de Segurança Interna dos EUA sobre as críticas de Caroline, mas ainda não obteve retorno. A reportagem será atualizada quando houver posicionamento.Estudante disse que perdoa o agente do ICE que a prendeu. “Ele pediu desculpas e dizia que queria me soltar, mas que suas ‘mãos estavam atadas’. Não havia nada que ele pudesse fazer, mesmo sabendo que aquilo era errado”, disse Caroline. “Quero que você saiba —eu te perdôo. Porque acredito que as pessoas podem fazer escolhas melhores quando têm essa opção.” Na nota, ela também agradeceu ao apoio de amigos e familiares.”Espero que mais ninguém tenha que passar pelo que eu passei”, disse Caroline. “Mas sei que, neste momento, mais de 1.300 pessoas ainda vivem o mesmo pesadelo naquela unidade de detenção em Aurora. Elas são como eu — incluindo outras pessoas que cresceram aqui, que amam este país e que querem apenas uma chance de pertencer.”Imigrantes como eu, não estamos pedindo nada de especial. Apenas uma chance justa de ajustar nosso status [migratório], de nos sentirmos seguros e de continuar construindo as vidas pelas quais tanto lutamos neste país que chamamos de larCaroline Dias Gonçalves
Créditos
Posted inCaruaru e Região