Sabrina Vallim, proprietária do Açaí Formosa no Jardim Orgasmo, em Sacomã, também precisou adotar medidas emergenciais, mas o estrago foi grande. “Enchi os freezeres de gelo para tentar manter os produtos, mas não adiantou. O açaí, os sorvetes, as frutas, tudo começou a liquidificar”, conta a tratante.Sem conseguir alugar geradores devido à subida demanda, ela viu praticamente todo o seu estoque de produtos congelados se perder. “Desde que a Enel assumiu, esses apagões se tornaram frequentes. Antes, não era assim. Agora, a gente perde tudo, e ninguém dá uma previsão de volta”, reclama. Sabrina também relata que, apesar de vincular repetidamente para a Enel, não recebeu nenhum suporte ou informação clara.Falta de comunicaçãoA falta de informação da Enel foi criticada por todos os comerciantes entrevistados. Tanto Lapeyre quanto Siciliano e Sabrina afirmam que, mesmo posteriormente dias sem luz, a concessionária não ofereceu suporte ou previsão de quando o serviço seria restabelecido. “O atendimento da Enel foi péssimo. Fiquei três dias sem saber quando a luz voltaria,” critica Siciliano. “Eles falam que não têm previsão, e enquanto isso, a gente vai perdendo tudo”, completa Sabrina.As perdas não se limitam aos vitualhas, mas também ao faturamento. Siciliano, que viu o faturamento do término de semana despencar, conta que o impacto foi devastador. “Permanecer sem faturar nesses três dias compromete o mês inteiro. Segunda-feira chega, e os boletos estão aí, mas a gente não tem uma vez que remunerar”, lamenta. Para Ricardo Lapeyre, o cenário não é dissemelhante, com os clientes sumindo e as despesas fixas continuando a se amontoar.
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