Ele vive exilado na Índia desde 1959, quando a China reprimiu uma revolta na capital tibetana, Lhasa, e em 1989 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. “Tenho 90 anos, mas ainda estou em boa forma física”, disse, sentado entre seus seguidores. “Enquanto eu estiver aqui, continuarei a me dedicar o máximo possível ao bem-estar dos outros”. Ele então deu uma primeira indicação do tom de seu aguardado discurso, na quarta-feira, sobre sua sucessão, o ponto alto das festividades da semana. “Haverá uma estrutura na qual poderemos discutir a perpetuação da instituição do Dalai Lama”, declarou. Nascido em 1935, tornou-se o líder espiritual e político dos tibetanos após ser identificado, aos dois anos de idade como dita a tradição, como a reencarnação de seu antecessor. Então, recebeu o nome Tenzin Gyatso. Em 2011, entregou sua autoridade política a um governo no exílio democraticamente eleito de 130.000 tibetanos e declarou na época que estabeleceria as regras para sua sucessão enquanto estivesse física e mentalmente apto. A questão de seu sucessor é muito importante, pois os tibetanos temem que a China, cujas tropas invadiram o Tibete em 1950 para torná-lo uma província do país, nomeie um sucessor alinhado aos seus interesses.
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