Desempenho eleitoral do MDB leva PT e PL a tentar atrair a legenda

O desempenho do MDB nas urnas no primeiro vez das eleições e projeções para o segundo vez, no próximo domingo, já levam PT e PL a tentar atrair a legenda. O MDB foi o segundo partido com mais prefeitos eleitos, vencendo em 847 cidades na primeira período da disputa. O PSD, partido do ex-ministro e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, foi a legenda que mais obteve votos no primeiro vez: a {sigla} elegeu 878 prefeitos no primeiro vez. Publicamente, petistas já afirmam que Lula deve ampliar o círculo de alianças para 2026, incluindo o MDB. Conforme publicado pelo colunista do jornal O Mundo Lauro Jardim, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, citou o partido de Nunes porquê um a ser incorporado à federação petista durante uma conversa com a diretoria da XP, em São Paulo.Mas o bolsonarismo também está de olho na legenda. Nesta terça, 22, em coletiva de prensa em seguida participar de um evento de campanha de Nunes, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado se buscaria o esteio do MDB em uma eventual candidatura em 2026 e respondeu: “É lógico”.O veste de a {sigla} estar avante da capital paulista e se equilibrando entre o governo federalista e o estadual levanta dúvidas sobre qual rumo tomará em 2026: se continuará alinhada a Lula ou se embarcará num projeto de centro-direita.DisputaCaso vença a Prefeitura de São Paulo, o MDB vai travar uma disputa acirrada com o PSD pelo título de partido que governa o maior número de brasileiros. No primeiro vez, a legenda de Nunes perdeu a liderança que mantinha há anos no número de prefeitos, ficando detrás do PSD por uma diferença ínfima de murado de 30 cidades. Será também a primeira vez que o MDB conquistará a Prefeitura da capital paulista por voto popular – o único prefeito do MDB em São Paulo foi Mário Covas, nomeado em 1983 pelo portanto governador Franco Montoro, durante a ditadura militar. Nunes foi vice na placa do prefeito Bruno Covas (PSDB), que morreu no tirocínio do incumbência, em 2021.Fator TarcísioEmbora haja pouca disposição no MDB para concordar Bolsonaro em 2026, a teoria de seguir um projeto liderado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é vista com exaltação. Segundo apurou o Estadão, desde que assumiu a Presidência, Lula não chamou o deputado federalista Baleia Rossi, líder do MDB, para uma conversa, o que incomodou o dirigente vernáculo. Esse distanciamento contrasta com a postura de Tarcísio.O MDB teve um papel decisivo na vitória de Lula em 2022. Embora a {sigla} tenha enunciado neutralidade, a direção vernáculo liberou seus filiados para concordar tanto o petista quanto o portanto presidente Jair Bolsonaro. Essa decisão abriu espaço para que a emedebista Simone Tebet, que alcançou murado de 4% dos votos no primeiro vez do pleito, apoiasse Lula, ajudando a prometer a vitória apertada do petista sobre o portanto candidato do PL.Se, no governo Bolsonaro, o MDB não ocupou o primeiro escalão, sob Lula, conquistou o comando de três ministérios: Cidades, com Jader Fruto; Transportes, com Renan Fruto; e Planejamento, com a própria Simone Tebet.Apesar do alinhamento com a esquerda em nível federalista, em São Paulo, Estado mais populoso do País, o MDB se aproximou de Tarcísio durante as eleições deste ano, com o governador se tornando um dos principais entusiastas do projeto emedebista na capital. A pronunciação de Baleia Rossi com Tarcísio levou o PL a desistir de lançar uma candidatura própria e aderir à coligação do prefeito. A relação entre os dois partidos – PL e MDB – se tornou mais estreita com a indicação de Bolsonaro para a vice de Nunes, o que colocou a do dedo do bolsonarismo na principal vitrine do MDB no Brasil. No primeiro vez, a legenda garantiu as prefeituras de duas capitais: Boa Vista (RR) e Macapá (AP). No domingo, 27, aposta em vitórias em Belém (PA), Porto Prazenteiro (RS) e São Paulo (SP). Na capital paulista, Nunes é apoiador de Bolsonaro e chegou a ameaçar deixar o MDB em 2022, quando Simone Tebet subiu no varanda de Lula.’Bolsonarização’Na eleição deste ano, Baleia Rossi foi coordenador da campanha de Nunes e trabalhou para evitar uma “bolsonarização” da candidatura, fazendo o meio de campo para que o prefeito não entrasse em embates diretos com o governo federalista, conforme aliados. Nunes, de veste, pouco falou sobre Lula durante a campanha, mantendo a rivalidade somente com Boulos.Pesquisa Quaest sobre o segundo vez em São Paulo divulgada ontem mostra Nunes com 44% das intenções de voto e Boulos com 35%. O cenário se mantém com alterações somente dentro da margem de erro. Segundo o levantamento, 19% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto caso o pleito fosse hoje; outros 2% se disseram indecisos. Na pesquisa anterior do instituto, divulgada na quarta-feira da semana passada, 16, Nunes apareceu com 45% das intenções de voto, na presença de 33% das menções para Boulos. Eram 19% os votos em branco, nulos e quem disse que não vai votar, e 3% dos eleitores entrevistados não responderam.OscilaçãoComparado ao novo resultado, Nunes oscilou um ponto para inferior, enquanto Boulos oscilou dois para cima. O levantamento da Quaest entrevistou 1.200 eleitores paulistanos entre os dias 20 e 22 de outubro, tem margem de erro de três pontos porcentuais, índice de crédito de 95% e registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-06257/2024.



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