A Amazônia Legal, cujo ecossistema é crucial para a regulação do clima, foi a região mais afetada, com 17,9 milhões de hectares arrasados pelos incêndios, 58% do total do país. O número representa um recorde para a região em seis anos e supera a superfície queimada em todo o país em 2023, de acordo com o relatório. O ano de 2024 foi “atípico e alarmante” em relação aos incêndios no Brasil, advertiu Ane Alencar, coordenadora da MapBiomas Fogo, a plataforma de monitoramento do Observatório do Clima, que reúne entidades ambientais, especialistas e universidades do país.Ane vê com especial preocupação os incêndios que afetaram as florestas, essenciais para a captura de emissões de carbono: 8,5 milhões de hectares de mata queimados em 2024, contra 2,2 milhões em 2023.Na Amazônia, pela primeira vez, o fogo devastou mais florestas que pastagens.”Esse ano foi o primeiro em que a floresta despontou como o uso e a cobertura mais queimada. Isso é um péssimo indicador, porque, uma vez que elas são queimadas, elas ficam mais suscetíveis a outros incêndios”, lamentou Ane Alencar à AFP.
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