A ministra Marina Silva na Comissão de Agricultura da Câmara ao lado de Rodolfo Nogueira, presidente do colegiado

Em volta ao Congresso, Marina sofre ataques machistas de ruralistas

A oposição tentou evitar ofensas à ministra. Deputados mais militantes foram procurados pela cúpula da Comissão de Agricultura, que pediu ponderação para evitar desgaste na reputação dos ruralistas.Um exemplo de deputado com estilo agressivo é Evair de Melo (PP-ES). Ele já chamou Marina de “câncer” durante sessão da Comissão de Agricultura. O parlamentar ficou tão orgulhoso da frase que colocou o corte no seu Instagram.A moderação também pretendia não alimentar o prestígio da ministra. A avaliação é que Marina ganhou o debate contra os senadores ao ser ofendida, criando condições para deixar a sessão como uma liderança feminina e da agenda ambiental.Foi pedido para centrar as perguntas nas fragilidades do governo Lula. A ministra precisou responder às principais fragilidades ambientais do governo. A gestão Lula tem recorde de focos de incêndio como grande mancha. Há problemas também com multas aplicadas pelo Ibama e não cobradas, desmatamento na Amazônia e crise no Pantanal.A artilharia contra Marina foi desferida no começo da sessão. Presidente da Comissão, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) foi o primeiro a fazer perguntas à ministra. Ele disse que Marina “persegue o produtor rural”, faz “discursos bonitos para plateia internacional” e “falhou com o Brasil”.Os ruralistas se preparam para ter as condições para pressionar Marina. Ela foi convocada pela primeira vez em 9 de abril. O requerimento previa abordar o desmatamento e os preparativos para a COP30, em Belém, em novembro.



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