O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi liberado, na noite desta sexta-feira (20), depois ser retido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante a ocupação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). A prisão ocorreu porque o parlamentar teria tentado impedir que os agentes entrassem no prédio ocupado.
Ao deixar a detenção, Glauber e um grupo de estudantes fizeram uma live pelo Instagram em que contestaram a prisão. “Eu quero agradecer essa rapaziada, são milhares de estudantes que se mobilizaram e vêm se mobilizando em resguardo da UERJ. Hoje é um dia lastimoso do ponto de vista do que foi feito. Estudantes lutando pelo recta de permanecer na universidade e sendo tratados com explosivo”, afirmou o deputado.
O Psol emitiu um enviado em que afirma que a PM usou “bombas, caveirão e armas letais” contra os manifestantes e que Glauber estaria no lugar para a “proteção e resguardo” dos estudantes.
“A inconstitucionalidade da detenção do deputado Glauber Braga é explícita e tomaremos as medidas necessárias para prometer o livre manobra do procuração parlamentar, a integridade física, a liberdade de sintoma e contra o agravo policial a todas as instâncias e poderes cabíveis”, afirma a nota.
O partido prometeu, ainda, que irá acionar o Supremo Tribunal Federalista (STF), “tendo em vista a violação da isenção parlamentar do deputado Glauber Braga”; o Superior Tribunal de Justiça (STJ), “tendo em vista os desmandos do governador Cláudio Castro”; e o Ministério da Ensino, “cobrando medidas enérgicas para que não se repitam os episódios de truculência vistos na data de hoje”.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), procurou o governador do estado, Cláudio Castro (PL), depois a prisão para pedir que as “prerrogativas” do deputado fossem respeitadas.Publicidade
Os estudantes da universidade estão há 56 dias ocupando a reitoria e demais edifícios da Uerj. A ocupação é um protesto contra as mudanças nas regras para licença de bolsas e auxílios de assistência estudantil.
O prazo oferecido pela Justiça para os universitários desocuparem a Uerj se encerrou na quinta-feira (19). Posteriormente decisão da juíza Luciana Lopes, da 13ª Vara de Quinta Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), foi permitido o uso de força policial para retirar os manifestantes para fora da universidade.