Josias de Souza

Golpe é cópia, mas o julgamento de golpistas é um quadro inédito

Na definição de Tocqueville, o célebre historiador francês, a história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias. O golpe falhado de Bolsonaro foi uma tentativa canhestra de reviver o Brasil pós-64. O que será pendurado na historiografia nacional como um quadro original é o julgamento dos golpistas pelo Supremo Tribunal Federal.O inquérito policial, a denúncia da Procuradoria e a provável condenação judicial de golpistas compõem um combo jamais visto no Brasil. No núcleo crucial, que começa a ser julgado nesta terça-feira, cinco dos oito encrencados (62%) vestem farda. Militar sentado em banco de réus de tribunal civil potencializa a originalidade da cena.Trump não reeditou a Operação Brother Sam. Absteve-se de enviar uma frota de navios para a costa brasileira, como fez a Casa Branca no golpe de 64. Preferiu torpedeou o Brasil com um tarifaço de 50%. Sequestrou as exportações, exigindo como resgate que o processo contra Bolsonaro fosse extinto “IMEDIATAMENTE”. É o ineditismo levado às fronteiras do paroxismo.



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