Integration: veja conexões entre suspeitos de lavar numerário de jogos ilegais em operação que investiga Deolane e Gusttavo Lima

Darwin Henrique da Silva Fruto, possuidor da Esportes da Sorte, e José André da Rocha Neto, da Vai de Bet, são os elos entre 20 outros investigados. Deolane Bezerra, Gusttavo Lima, Darwin Henrique da Silva Fruto, Maria Eduarda Quinto Filizola, André e Aislla Rocha estão emntre os investigados
Arte/g1
Deolane Bezerra, Gusttavo Lima, Darwin Henrique da Silva Fruto, Maria Eduarda Quinto Filizola, André e Aislla Rocha estão emntre os investigados
Arte/g1
A Operação Integration, que tem entre seus alvos Deolane Bezerra, Gusttavo Lima e sócios de casas de apostas online, as “bets”, apura um suposto esquema de lavagem de numerário proveniente de atividades ilegais, uma vez que o jogo do bicho. Nesta semana, a Justiça de Pernambuco concedeu liberdade aos investigados que tiveram prisões decretadas durante a ação policial.
✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE
O questionário chegou a ser entregue ao Ministério Público, que pediu novas diligências à Polícia Social. A investigação é conduzida pelo mandatário Paulo Gondim, que é o diretor integrado metropolitano da corporação.
O g1 fez um resumo do que foi perfeito até agora pela operação, traçando as conexões entre os 22 investigados, segundo o questionário policial. Nesta reportagem, você confere as informações sobre os suspeitos, divididos conforme as empresas ou ocupações às quais estão ligados:
Esportes da Sorte e Caminho da Sorte
Vai de Bet
Influenciadores
ZenetPay
Jockey Club Cearense
Pay Brokers
O que dizem os investigados
Integration: confira os próximos passos da operação que investiga Gusttavo Lima e Deolane Bezerra
Esportes da Sorte e Caminho da Sorte
Darwin Henrique da Silva Fruto
Darwin Henrique da Silva Fruto é possuidor da Esportes da Sorte
Reprodução/Instagram
Empresário de 35 anos, é CEO da Esportes da Sorte e sócio de outras três empresas.
É rebento de Darwin Henrique da Silva, possuidor da carteira de apostas O Caminho da Sorte (entenda mais inferior).
É suspeito de realizar pagamentos e transferências para influenciadores e operadoras de recursos financeiros para lavar numerário do jogo do bicho e de jogos de má sorte (apostas esportivas e cassinos online), proibidos por lei.
É irmão de Marcela Tavares Henrique da Silva Campos — outra investigada pela Operação Integration (veja mais inferior).
A Esportes da Sorte é uma vivenda de apostas on-line e atua uma vez que patrocinadora de alguns times de futebol, uma vez que o Corinthians, Athletico-PR, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz.
Entre os influenciadores contratados pela Esportes da Sorte que também são investigados, estão Deolane Bezerra e o cantor Gusttavo Lima.
Entre as transações feitas por Darwin Fruto e pela Esportes da Sorte consideradas suspeitas pela Polícia Social, está a compra de veículos com valores supra de R$ 8 milhões, pagos à vista, incluindo uma Ferrari 296 GTB e uma Lamborghini Urus Performante. Esta última foi vendida a Deolane Bezerra (saiba mais inferior).
Por meio da quebra de sigilo fiscal de Darwin, a polícia conseguiu entrada a relatórios de informações do Parecer de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do governo federalista que registraram a realização de depósitos fracionados em suas contas correntes e nas contas da Esportes da Sorte e transferências recorrentes de altos valores para outros investigados.
No 1º dia da Operação Integration, em 4 de setembro, a polícia cumpriu um mandado de procura no apartamento de Darwin Fruto, na Av. Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. No sítio, segundo os investigadores, foram apreendidos joias e numerário.
Darwin Fruto se entregou à polícia no dia seguinte, juntamente com a esposa dele, Maria Eduarda Filizola, também investigada pela operação.
O par foi solto na segunda-feira (23) posteriormente a Justiça conceder um habeas corpus para 18 investigados da operação.
Segundo levantamento do g1, além da Esportes da Sorte (que a Justiça diz ser HSF Entretenimento e Promoção de Eventos), Darwin também aparece uma vez que sócio das seguintes empresas:
Sports Entretenimento e Promoção de Eventos Esportivos Ltda
DHF Produções e Promoções de Eventos e Publicidade Ltda.
X1 Brasil Promoção de Eventos Esportivos Ltda.
Edscap Ltda.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Darwin Henrique da Silva
O empresário de 60 anos é pai do possuidor da Esportes da Sorte e proprietário da empresa O Caminho da Sorte, carteira de apostas com sede no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife.
Segundo a polícia, o sítio promove jogo do bicho e jogos de má sorte eletrônicos, que são proibidos no Brasil.
Conforme o questionário, a investigação começou posteriormente uma consumição de R$ 180.176,45 em espécie, dentro de um cofre, na sede da vivenda de apostas, no dia 1º de dezembro de 2022.
No sítio, também foi retraído um caderno com o nome “Rayssa” (que também é o nome de outra investigada), escrito na toga, que continha anotações diárias sobre apostas e prêmios pagos e canhotos de jogadas com os timbres da Caminho da Sorte e da Esportes da Sorte, além de informações sobre a contabilidade de lojas físicas da Esportes da Sorte.
Ainda de consonância com as investigações, na própria carteira O Caminho da Sorte, os clientes tinham a opção de fazer apostas por meio da plataforma online Esportes da Sorte.
De consonância com o questionário da Polícia Social remetido à Justiça, as apostas eletrônicas da Esportes da Sorte eram realizadas em lojas físicas da carteira O Caminho da Sorte, o que é proibido por lei.
No relatório, a Polícia Social anexou uma reportagem publicada pelo jornal Quotidiano do Nordeste, do Ceará, de 5 de março de 2018, que detalha uma vez que Darwin Henrique da Silva levou para Fortaleza “uma novidade modalidade de jogo do bicho”, informatizada.
Além de possuidor da Caminho da Sorte, Darwin (pai) é sócio, junto com a mana, Dayse Henrique da Silva, da JC Neves, uma loja de artigos de papelaria localizada no bairro de Mansão Amarela, na Zona Setentrião do Recife.
A suspeita dos investigadores é de que Darwin Henrique da Silva usava nomes de parentes para lavar numerário obtido de rendimentos do jogo do bicho e de jogos de má sorte.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Marcela Tavares Henrique da Silva Campos
A advogada de 34 anos é mana de Darwin Henrique da Silva Fruto e filha de Darwin Henrique da Silva e Maria Aparecida Tavares de Melo, outra investigada.
É dona de uma escritório de marketing e de um escritório de advocacia. Também é sócia do irmão, Darwin Fruto, numa empresa de locações de serviços.
É suspeita de receber recursos de jogo do bicho e jogos de má sorte na internet por meio de vários depósitos bancários e numerário em espécie;
Segundo o questionário, o objetivo dessas transferências era dissimular o valor totalidade dos repasses.
Para a polícia, os relatórios apresentados pela Receita Federalista posteriormente a quebra de sigilo bancário e fiscal, a movimentação de recursos de Marcela Tavares Henrique da Silva Campos é incompatível com o patrimônio, a atividade econômica e a ocupação profissional que ela exerce.
Foi presa posteriormente a deflagração da Integration, no início de setembro, e encaminhada para prisão domiciliar posteriormente ser beneficiada com um habeas corpus por ser mãe de duas crianças com menos de 12 anos, junto com Deolane Bezerra e a esposa de Darwin Fruto, Maria Eduarda Filizola.
Na segunda-feira (23), saiu da prisão domiciliar posteriormente a licença do habeas corpus para os 18 investigados que estavam presos e foragidos.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Eduardo Pedrosa Campos
Empresário de 36 anos, é marido de Marcela Tavares e cunhado de Darwin Fruto. A mãe dele, Maria Bernadette Pedrosa Campos, e a tia, Maria Carmen Penna Pedrosa, também são investigadas.
É sócio da mãe e da tia na empresa Estação do Seguro Corretora e Governo de Seguros Ltda., também investigada, e possuidor de uma empresa de consultoria.
O empresário é citado no caso por receber depósitos e realizar transferências de recursos que seriam provenientes de jogos ilegais.
Entre 2019 e 2022, segundo a polícia, Eduardo Pedrosa Campos declarou à Receita Federalista um rendimento líquido de R$ 1.360.005,04. No mesmo período, relatórios da Receita Federalista apontam movimentação bancária em suas contas de R$ 11.327.463,96 — mais de oito vezes o que foi pronunciado.
Também no período entre 2019 e 2022, a Estação do Seguro teve uma movimentação financeira de R$ 1,9 milhão a mais do que os rendimentos declarados.
De 2019 a 2023, segundo a investigação, os três sócios da Estação do Seguro, juntos, movimentaram R$ 22,6 milhões, mas declararam rendimentos de R$ 4,5 milhões.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Maria Bernadette Pedrosa Campos e Maria Carmen Penna Pedrosa
Maria Bernadette tem 61 anos e é mãe de Eduardo Pedrosa, cunhado do possuidor da Esportes da Sorte. Maria Carmen tem 59 anos e é mana de Maria Bernadette e tia de Eduardo Pedrosa.
As duas são sócias de Eduardo Pedrosa na Estação do Seguro.
Segundo a investigação, Maria Bernadette declarou à Receita Federalista ter recebido R$ 1,4 milhão (bruto) entre 2019 e 2022. Nesse período, a movimentação financeira na conta dela foi de R$ 10,2 milhões, segundo relatórios enviados à polícia pela Receita.
A diferença entre a renda declarada e a movimentação financeira na conta de Maria Bernadette chegou a 900% em 2021.
Já Maria Carmen declarou rendimento bruto totalidade de R$ 1,6 milhão e apresentou movimentação financeira de R$ 1,1 milhão, com um saldo negativo de R$ 760 milénio, ao final do mesmo período.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Maria Aparecida Tavares de Melo
Tem 54 anos e é mãe de Darwin Henrique Fruto e de Marcela Tavares. É sócia de uma empresa de estética e de uma fornecedora de equipamentos de proteção individual (EPIs) e suprimentos.
Segundo o questionário, assim uma vez que outros suspeitos, apresentou movimentação financeira supra dos rendimentos declarados à Receita Federalista.
A investigação indica que suas contas foram usadas para receber e transferir recursos para os filhos e para a nora, Maria Eduarda Quinto Filizola, a esposa de Darwin Henrique Fruto.
Juntos, Maria Aparecida, Darwin Fruto, Maria Eduarda, Marcela Tavares e Eduardo Pedrosa declararam rendimentos de R$ 18,1 milhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023. Nesse mesmo período, suas contas movimentaram R$ 51,7 milhões, conforme o questionário policial.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Maria Eduarda Quinto Filizola
A empresária tem 36 anos e é sócia da Maria & Maria Eventos e Decorações, também investigada pela Operação Integration.
De consonância com as investigações, a empresa dela recebeu recursos lavava numerário de jogos de má sorte, transferindo os recursos para as mesmas pessoas físicas e jurídicas, com o intuito de ocultar a origem ilícito do numerário.
Entre as operações apontadas na investigação que está na primeira instância do Judiciário pernambucano, está o recebimento de 47 depósitos no valor totalidade de R$ 892 milénio, entre dezembro de 2019 e maio de 2020, e de 15 depósitos no valor totalidade de R$ 628,5 milénio, entre outubro de 2021 e maio de 2022, repassando os recursos para outros suspeitos de envolvimento no esquema.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Giorgia Duarte Emerenciano
Tem 53 anos e é a atual companheira de Darwin Henrique da Silva.
É investigada por fazer movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Dayse Henrique da Silva
Mana de Darwin Henrique da Silva, tem 61 anos e é tia de Darwin Fruto. Também foi sócia do irmão na empresa JC Neves e na carteira Caminho da Sorte.
Foi presa no dia em que a Operação Integration foi deflagrada e solta posteriormente receber o habeas corpus da Justiça, na última segunda-feira (23).
Nos autos, a resguardo dela alega que Dayse deixou de ser sócia de Darwin Henrique da Silva nas empresas investigadas desde 2006.
A resguardo também sustenta que não existem citações sobre transações financeiras no nome de Dayse que possam ser consideradas suspeitas.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Flavio Cristiano Bezerra Fabrício
Tem 47 anos e é citado no questionário uma vez que depositante da Esportes da Sorte. O relatório da investigação não detalha a relação entre o suspeito e a empresa ou a família de Darwin Fruto.
De consonância com a investigação, o Coaf identificou uma transferência de R$ 350 milénio da conta dele para a bet.
Aliás, conforme o questionário policial, ele apresentou uma movimentação financeira incompatível com a renda declarada à Receita Federalista entre janeiro de 2019 e maio de 2023.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Vai de Bet
Possuidor e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do par Gusttavo Lima e Andressa Suíte em sarau na Grécia; Governador de Goiás Ronaldo Caiado aparece ao fundo
Reprodução/Redes Sociais
José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha
José André e Aislla Sabrina são casados e sócios da PIX365 Soluções Tecnológicas Ltda (segundo o Ministério Público, nascente é o nome da empresa de apostas esportivas on-line Vai de Bet).
José André também é sócio da JMJ Participações Ltda.
Assim uma vez que a Esportes da Sorte, a Vai de Bet é suspeita de lavagem de numerário de jogos de má sorte eletrônicos e jogo do bicho através de apostas esportivas on-line.
A Vai de Bet, segundo o questionário, usaria operadoras financeiras para inserir numerário obtido de forma ilícito no sistema financeiro, promovendo uma série de transferências (depósitos e saques) entre diversos investigados, uma vez que forma de mascarar a forma uma vez que os recursos foram obtidos.
Segundo citação da juíza Andréa Mudo da Cruz, da 12ª Vara Criminal do TJPE ao questionário policial, a Vai de Bet usou os serviços da Zelu Brasil e da Pay Brokers para intermediar pagamentos para uma das empresas do cantor Gusttavo Lima (Nivaldo Batista Lima), a GSA que são suspeitos de lavagem de numerário.
O sistema adotado para a transferência, de consonância com a investigação, é semelhante ao realizado pela Esportes da Sorte com a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
Ao todo, a empresa teria repassado, por meio de operadoras, R$ 5,9 milhões para a GSA Empreendimentos e Participações Ltda, que tem Gusttavo Lima uma vez que sócio. O valor representa 31,77% de todos os pagamentos recebidos pela GSA no ano de 2023.
Deste totalidade, R$ 1,3 milhão foi transferido da GSA para a conta de pessoa física de Gusttavo Lima (Nivaldo Batista Lima).
Também é investigada a negociação feita pelo par para a compra de um jato Cessna Aircraft, da Balada Eventos e Produções Ltda., outro CNPJ ligado a Gusttavo Lima (sócio gestor). A suspeita é que a transação serviu para ocultar valores provenientes de jogos ilegais.
O mesmo avião foi comprado por Darwin Henrique Fruto, por meio da empresa HSF Entretenimento e Promoções de Eventos Eireli (Esportes da Sorte), e devolvido, com restituição integral do valor pago, com distrato contratual, sob justificativa de lacuna na turbina da avião.
A Vai de Bet patrocina o time de futebol do Paranavaí, que disputa a segunda separação no campeonato estadual do Paraná, e tal qual sócio majoritário é Gusttavo Lima.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Deolane Bezerra deixa Fórum do Recife posteriormente assinar documentos da soltura
Influenciadores
Deolane Bezerra e a mãe, Solange Bezerra, em foto de registro
Reprodução
Deolane Bezerra Santos
Empresária e advogada, a influenciadora do dedo de 36 anos começou a ser investigada ao comprar um carruagem de luxo vendido por Darwin Henrique da Silva Fruto, possuidor da Esportes da Sorte.
Segundo a investigação, o veículo, de protótipo Lamborghini Urus Performante, foi transferido para uma das empresas de Deolane, a Bezerra Publicidade e Notícia Ltda., em novembro de 2023, exclusivamente quatro meses depois de ser adquirido por Darwin Fruto.
O carro foi identificado em relatório da Receita Federalista referente ao CEO da Esportes da Sorte, por ter sido comprado à vista por Darwin Fruto por valor superior a R$ 8 milhões.
Conforme o questionário, entre 7 de novembro de 2022 e 10 de maio de 2023, a Bezerra Publicidade e Notícia também apresentou uma movimentação de recursos incompatível com a capacidade financeira, tendo recebido mais de R$ 5 milhões da Pay Brokers.
Deolane confirmou, em testemunho à polícia, a obtenção do carruagem e disse que recebeu pagamentos da bet por meio de contratos de publicidade. De consonância com a investigação, a influenciadora pagou R$ 3,8 milhões pelo veículo.
Presa no dia 4 de setembro, Deolane chegou a ter a prisão preventiva convertida em domiciliar, mas, por descumprir medidas cautelares da Justiça, voltou a permanecer detida no sistema prisional.
Na terça-feira (24), a influencer foi solta posteriormente ser beneficiada com um habeas corpus. Além dela, outros 17 investigados foram contemplados pela medida.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Solange Alves Bezerra
É a mãe de Deolane Bezerra e tem 56 anos.
Foi detida junto com a filha no dia em que a Operação Integration foi deflagrada, permanecendo na Colônia Penal Feminina do Recife até ser solta na terça-feira (24), posteriormente ser beneficiada com o habeas corpus que contemplou outros 17 investigados.
É suspeita de repassar numerário depositado em suas contas uma vez que secção de um esquema de lavagem de numerário de jogos de má sorte.
Segundo a polícia, declarou ter renda mensal de tapume de R$ 10 milénio, mas movimentou em suas contas aproximadamente R$ 475 milénio, no período analisado pela investigação da Operação Integration.
De consonância com as investigações, a mãe de Deolane recebeu valores da Pay Brokers, facilitadora de pagamentos suspeita de lavagem de numerário no futebol (saiba mais inferior), e repassou recursos de volta para a corretora financeira por meio de várias transações sem justificativa.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Gusttavo Lima (Nivaldo Batista Lima)
Justiça revoga pedido de prisão de Gusttavo Lima
O cantor mineiro de 35 anos é o possuidor das empresas Balada Eventos e Produções Ltda e GSA Empreendimentos e Participações Ltda.
As empresas do cantor são suspeitas de participarem de esquema de lavagem de numerário de jogos de má sorte e apostas em jogo do bicho, ocultando valores das bets investigadas.
A polícia investiga depósitos de R$ 49,4 milhões da Esportes da Sorte e da Vai de Bet nas contas das empresas GSA Empreendimentos e Participações Ltda. e Balada Eventos e Produções Ltda e na conta pessoal do artista.
Vendeu, através de sua empresa, um jato para a Esportes da Sorte, que depois foi devolvido — por argumento de um problema na turbina, e vendido novamente — desta vez, para os donos da Vai de Bet (entenda mais inferior).
Entre as operações suspeitas realizadas pela empresa de Gusttavo Lima, segundo o questionário, está a ocultação de R$ 4,9 milhões da empresa HSF Entretenimento Promoção de Eventos, que pertence a outro investigado pela Operação Integration, o empresário Boris Maciel Padilha.
Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza Andréa Mudo da Cruz na segunda-feira (23), mas, no dia seguinte, a ordem de prisão foi revogada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão (veja vídeo supra).
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Boris Maciel Padilha
Empresário de Gusttavo Lima, é suspeito de ocultar valores de jogos ilegais por meio de dois empréstimos no valor totalidade de R$ 10 milhões tomados da Esportes da Sorte e de Darwin Henrique da Silva Fruto, em outubro e novembro de 2023.
A investigação apontou que Bóris Padilha é proprietário de veículos de luxo avaliados em mais de R$ 40 milhões, incluindo três Ferrari, dois Rolls Royce, duas Bentley – o que demonstra que possui “cima poder econômico, não necessitando de empréstimo”.
A investigação também apontou suspeita da prática dos mesmos crimes pela Balada Eventos e Produções Ltda.
De consonância com o questionário, a empresa é suspeita de dissimular a negociação da venda avião Cessna Aircraft protótipo 560 XLS, que pertencia a Gusttavo Lima, para a Esportes da Sorte e, depois, para os donos da Vai de Bet.
Conforme as investigações, a tentativa de mascarar a transação se deu, primeiro, por meio de duas transferências para a Esportes da Sorte: a primeira, no valor de R$ 4,8 milhões em abril de 2023, e a segunda, de R$ 4,9 milhões, no mês seguinte.
Depois a Esportes da Sorte repor o valor alegando que havia um problema na turbina, a mesma avião foi negociada com a empresa JMJ Participações Ltda, de José André da Rocha, sócio da Vai de Bet, que transferiu para a empresa de Gusttavo Lima R$ 22,2 milhões por meio de depósitos em sequência, realizados entre fevereiro e julho de 2024.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
ZenetPay
Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha
Casados, o empresário de 35 anos e a empresária, de 36, são sócios na empresa Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos Ltda., a ZenetPay, fundada em 2022, e em outros quatro CNPJs, incluindo uma construtora, uma empresa de aluguel de máquinas para construção social e duas empresas de soluções financeiras.
Segundo o questionário, a Zelu Brasil é intermediadora de pagamentos da Esportes da Sorte e da Vai de Bet.
O relatório policial aponta que a empresa realizou operações bancárias consideradas suspeitas entre 16 de novembro de 2022 e 8 de fevereiro de 2023.
Conforme o questionário, nesse período, a Zenetpay recebeu em suas contas R$ 128.805.388 e repassou R$ 128.780.463.
Desse totalidade, ao menos R$ 12.302.000 foram destinados à Vai de Bet, que recebeu R$ 11.950.000 em 25 transferências bancárias; e à Esportes da Sorte, que obteve R$ 352 milénio em dois lançamentos.
Para os investigadores, esses pagamentos têm alguns “sinais de alerta” de transações suspeitas, uma vez que movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio e a atividade econômica deles e utilização de artifícios para espoliar a identificação da origem do numerário.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Jockey Club Cearense
Ruy Conolly Peixoto
É representante do Jockey Club Cearense e sócio de uma empresa de tecnologia. Tem 49 anos.
Segundo o questionário, o Jockey Club Cearense tem sede no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, e foi o segundo remetente de numerário para a Esportes da Sorte, com 18 lançamentos, totalizando R$ 1,7 milhão.
Além de Ruy, o clube tem uma vez que procuradores Darwin Fruto e outras três pessoas que não aparecem uma vez que investigadas nessa lanço do questionário à qual o g1 teve entrada.
Segundo relatórios do Coaf, o Jackey Club enviou e recebeu recursos de forma habitual por meio de Pix, DOC, TED e transferência para atividades diversas e sem vínculo aparente.
Entre as transações identificadas uma vez que suspeitas, está um repositório de Darwin Fruto no valor de R$ 200 milénio para a conta do Jockey.
Conforme a investigação, Ruy Peixoto também é suspeito de receber recursos de jogos ilegais.
Foi recluso no dia 4 de setembro, posteriormente a deflagração da operação, e liberado posteriormente o habeas corpus outorgado nesta semana.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Pay Brokers
Edson Antonio Lenzi Fruto e Thiago Heitor Presser
Edson Lenzi Fruto tem 40 anos e é diretor da corretora Pay Brokers EFX Facilitadora de Pagamentos S.A. e possuidor da PagFast EFX Facilitadora de Pagamentos S.A.
Thiago Presser tem 33 anos e também é diretor Pay Brokers.
Segundo a investigação, a Pay Brokers, sediada em Curitiba, é suspeita de realizar lavagem de numerário no futebol brasílico, promovendo mais de 1,5 milhão de operações por Pix, diariamente. Segmento dessas transações, de consonância com o questionário, é relacionada a apostas esportivas.
Conforme relatório da Receita Federalista incluído na investigação, a corretora declarou receita bruta de R$ 4,2 milhões em 2021 e não há informações sobre os demais anos investigados.
Os relatórios da Receita Federalista apontam que, entre 2020 e 2023, a empresa teve movimentação financeira de R$ 2,1 bilhões.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
Empresas investigadas
No processo que está tramitando no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) também são listadas empresas investigadas na operação. São elas:
Lotérica Sorte Grande de Franca Ltda.;
Balada Eventos e Produções Ltda.;
ZRO Instituição de Pagamentos S.A.;
X1 Brasil Promoção de Eventos Esportivos Ltda.;
Pagfast EFX Facilitadora de Pagamentos S.A.;
K.J Participações Ltda.;
Loteria Super Milionária Ltda.;
Edscap Ltda.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
O que dizem os investigados
Procurada, a Vai de Bet disse que os sócios da empresa não vão se pronunciar. O g1 também tentou entrar em contato com as defesas dos demais investigados e aguarda as respostas.
Em nota divulgada na terça-feira (24), quando a Justiça revogou a ordem de prisão preventiva de Gusttavo Lima, a resguardo do cantor divulgou uma nota na qual informou que:
A relação do artista com as empresas investigadas era “estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma avião”;
Todas as ações foram feitas legalmente, por meio de transações bancárias e mediante declarações aos órgãos competentes e registro da Dependência Vernáculo de Aviação Social (Anac);
Os contratos “possuíam diversas cláusulas de compliance e foram firmados muito antes de que fosse verosímil se saber da existência de qualquer investigação em curso”;
O cantor tem uma “vida limpa e uma curso dedicada à música e aos fãs” e “medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem”.
Deolane Bezerra também se pronunciou depois que saiu da prisão nesta semana. Depois assinar o termo de soltura no Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife, a influenciadora declarou que “foram muitas mentiras espalhadas” enquanto ela esteve na prisão e que acredita que “a justiça será feita”.
Cinco dias posteriormente a deflagração da Operação Integration, o diretor jurídico da Esportes da Sorte gravou um vídeo defendendo a empresa e dizendo que toda a operação financeira da bet é feita através de “instituições íntegras”. Antes disso, o empresário Darwin Henrique da Silva Fruto divulgou uma epístola em que disse ter sido surpreendido com a operação e estar com a “consciência tranquila”.
⬆️ Voltar ao início desta reportagem.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias



Créditos