Com os pés descalços e usando um vestidão hippie esvoaçante, a cantora inglesa Joss Stone subiu ao palco do Espaço Unimed nesta terça-feira (24) esbanjando simpatia. A artista entregou um show empolgante para o público tímido da moradia de shows paulistana.
Atualmente, Stone viaja com a turnê “Ellipsis”, batizada com o nome do décimo disco de estúdio, que será lançado em 2025. O primeiro single do álbum, “Loving You”, foi lançado no início de agosto e integra o repertório da apresentação.
Dedicada ao marido, a balada foi escrita há cinco anos: “Ele pega no sono cedo e eu fico acordada durante a noite”, arriscou em português, com ajuda do tradutor, ao explicar a história da letra para o público.
Antes de desembarcar em São Paulo, ela passou pelo Rio de Janeiro, no Rock In Rio, depois seguiu para Belo Horizonte e Ribeirão Preto. O setlist do show propõe um passeio por sua discografia, além de incluir versões uma vez que “Everybody Dance”, do Chic, e “Got To Be Real”, da Cheryl Lynn.
Joss Stone esteve no país no ano pretérito em duas ocasiões: com o projeto “20 Years of Soul”, show rememorativo dos 20 anos de curso, e no festival The Town, uma vez que substituta do ex-One Direction Liam Payne. “Faz pouco tempo que estive cá e já voltei. Vocês são a razão disso”, declarou durante a apresentação.
Invenção aos 16 anos, a cantora é um caso vasqueiro no mercado músico, pois se mantém celebrada mesmo sem novidades. Influenciada pelas damas do soul e do jazz, ela encontrou a sua identidade artística cedo e se manteve consistente conforme o tempo passou.
Na noite desta terça, Joss Stone não deixou dúvidas: o vozeirão continua em forma. Há um gesto gospel na sua música, ainda que o paisagem místico esteja misturado a elementos do rock, do reggae e da música pop.
Em “Super Duper Love”, por exemplo, ela desceu no pitch e pediu para o público a seguir: “Essa é a secção em que vocês são o meu coral. Abaixem os celulares, uma pessoa pode filmar e dividir com o resto.”
No palco, a bandeira com o símbolo de sossego e paixão sinalizou a vibe setentista que a acompanha desde a estreia com o disco “The Soul Sessions” (2003). O clima alto-astral perdurou durante a performance dinâmica, que incluiu palavras em português e piadas com o público.
No conjunto reggaeiro, formado por “Harry’s Symphony” e “Mr. Wanker”, contou que adorava o estilo músico jamaicano e também gostava de retirar um fundamentado. Já em “Bring On The Rain” ela explorou a faceta de diva da disco music com recta a solo de insignificante.
A margem potente segurou as variações de ritmos do show e fez a cozinha para a voz da cantora luzir. A escalação contou com três backing vocals, sax e trompete, fora o teclado, insignificante, guitarra e bateria. Entre canções, não faltaram momentos para todos os músicos se destacarem.
Sem deixar a robustez minguar, Joss Stone conduziu a margem e a plateia com carisma e bom humor. “A música pode nos transportar para outros momentos da vida, sejam eles bons ou ruins”, afirmou antes de introduzir “Spoiled”, música pouco geral em seu repertório, escrita depois o fracasso de um relacionamento.
As cartas na manga da artista são os medleys costurados por músicas uma vez que “You Had Me” e “Fell In Love With a Boy”, dos White Stripes, e “Tell Me ‘Bout It” com “We Are Family”, do Sister Sledge. No entanto, a apresentação não trouxe grandes surpresas ou novidades. O clima familiar e hospitaleiro faz secção do charme do show.
Antes de se despedir, apresentou o bis formado por “Right To Be Wrong”, cantada acompanhada do coro da plateia, e distribuiu flores em “Karma”. Ao longo de uma hora e meia, Joss Stone mostrou a potência da sua voz e contou uma vez que se sente em moradia no Brasil: “Ano depois ano, quero continuar voltando para curtir com vocês.”