Justiça arquiva inquérito sobre a morte do cão Joca - 20/10/2024 - Cotidiano

Justiça arquiva questionário sobre a morte do cão Joca – 20/10/2024 – Cotidiano

A Justiça de São Paulo arquivou na sexta-feira (18) o questionário sobre a morte do cão Joca em voo da Gol Linhas Aéreas. O golden retriever de 5 anos morreu dentro do avião para Fortaleza, no Ceará, depois de ter sido enviado para o fado falso pela companhia aérea, em abril.

A investigação sobre o caso pela Polícia Social de Guarulhos foi concluída em julho e apontou que “houve efetivo erro no embarque do bicho” durante a logística de viagem. Ninguém foi indiciado.

O arquivamento, assinado pelo juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, da 6ª Vara Criminal do Renda de Guarulhos, acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo, que alegou não ter elementos suficientes para o oferecimento de denúncia de maus-tratos.

No pedido protegido pela Justiça, a promotora Adriana Regina de Santana Ludke afirmou que “ocorreu um erro no embarque do bicho, por imprudência e negligência dos funcionários, que embarcaram a caixa contendo o cão Joca na aeroplano errada e não realizaram as conferências devidas”.

No documento, Ludke argumentou ainda que “não há evidências de que os funcionários agiram visando maltratar o bicho e, uma vez que consequência, levá-lo à morte e, tão pouco que, prevendo esta possibilidade, assumiram o risco desse resultado”.

O jurisconsulto Marcello Primo Muccio, que faz a resguardo do tutor de Joca, João Fantazzini, disse neste domingo (20) que ainda não foi notificado da decisão. “Confirmada a notificação, será realizada uma estudo detalhada para determinar a viabilidade de interposição de recurso propício”, afirmou a resguardo.

Em nota, a Gol declarou que contribuiu com a apuração dos fatos às autoridades e que respeita a decisão judicial.RELEMBRE O CASO

O cachorro morreu no dia 22 de abril posteriormente ser embarcado em um voo falso da Gol Linhas Aéreas.

O cão Joca tinha 5 anos e viajaria do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, em Mato Grosso, no mesmo voo que seu possuidor. Por ser um cachorro de grande porte, não pôde ir junto aos assentos da aeroplano e precisou ser despachado numa caixa de transporte, viajando no porão da aeroplano.

Ao chegar a Mato Grosso, a Gol relatou o erro ao tutor. O cachorro não havia viajado no mesmo voo e tinha sido enviado para Fortaleza, cidade 2.082 km distante.

Fantazzini recebeu imagens e vídeos do cachorro no Ceará, com chuva sendo fornecida pelos funcionários da companhia aérea. Porquê Joca passaria por Guarulhos antes de ser enviado a Sinop, o tutor decidiu voltar para São Paulo para encontrar o bicho.

Ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, João notou que Joca estava sem sinais vitais. A morte do cão foi constatada por uma veterinária, que na ocasião deu laudo de “paragem cardiorrespiratória com desculpa ainda a ser esclarecida”.

A Gol lamentou o ocorrido, atribuiu o ramal de rota do bicho a uma omissão operacional e disse que foi surpreendida pela morte do cachorro. Também afirmou, na estação, que estava oferecendo todo suporte necessário ao tutor. “Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu bicho de estimação”, disse, em nota.



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