Uma locomotiva elétrica fabricada em 1940 foi revitalizada em São Paulo com as cores da extinta Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), estatal surgida 31 anos depois com a junção de cinco companhias ferroviárias.
Inicialmente pertencente à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a locomotiva V8 foi pintada com as cores azul e branca que remetem à fase inicial da antiga estatal paulista.
O trabalho de revitalização foi feito pela regional São Paulo da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).
As cores foram escolhidas como forma de homenagear um período de grande transformação para o setor ferroviário em São Paulo e também para diferenciar de outras restaurações que a associação fez ou planeja executar em seu pátio na Mooca.
A Fepasa foi criada pelo ex-governador Laudo Natel (1920-2020), abrigando cinco companhias ferroviárias que apresentavam sérias dificuldades financeiras.
Além da Companhia Paulista, também deixaram de existir com a criação da Fepasa a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a Estrada de Ferro Sorocabana, a São Paulo-Minas e a Estrada de Ferro Araraquara.
“Ela é do mesmo modelo da locomotiva que bateu o recorde de velocidade sobre trilhos paulistas, 164 km/h, em 1989, marca até hoje não ultrapassada nem por trens metropolitanos”, afirmou Alexandre Augusto Pisciottano, coordenador da associação na capital.
O restauro foi feito com fins de exibição estática —ou seja, não há no momento previsão para que ela tenha todos os seus sistemas mecânicos recuperados para ser colocada em operação nos trilhos. Quanto mais antiga é a locomotiva, mais cara é a sua restauração total, que pode chegar a R$ 3 milhões, no caso de uma a vapor (maria-fumaça), segundo a ABPF.
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Na capital, a associação opera aos finais de semana e feriados o Trem dos Imigrantes, com uma locomotiva fabricada em 1922 e carros de passageiros produzidos em 1928 e em 1937.
O trem percorre cerca de três quilômetros de trilhos, num passeio com duração total de cerca de 30 minutos. Há também um museu ferroviário no local.
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