A Hora

Marçal caiu da cadeira antes da cadeirada, mas ajudou Nunes

Marçal foi vítima do próprio veneno. Havia semanas, ele vinha desmoralizando os debates e tratando o processo eleitoral uma vez que um espetáculo de stand-up de baixa qualidade. Quando suas provocações finalmente levaram Datena às vias de trajo (ele chamou-o, dissimuladamente, de estuprador), a agressão física não gerou indignação, pesar. Virou piada, chufa, gozação.Marçal consolida-se, assim, uma vez que um mosquito político: incomoda muita gente, impede o sufragista de se concentrar no que importa, rouba atenção e ainda transmite vírus (via redes). Mas sua influência é um surto: teve um pico de contágio e logo refluiu.O mosquito ajudou Ricardo Nunes (MDB), porém. Monopolizou as atenções e evitou que o prefeito se tornasse o fim de todos os seus adversários – uma vez que haveria de ser se Marçal não existisse.Pouco se falou das denúncias de devassidão sobre a gestão de Nunes na Prefeitura de São Paulo. Muito se falou do boné, do “fazer o M”, e das barbaridades e baixarias do mosquito.A eleição em São Paulo é, uma vez que sempre foi, sobre os problemas do sufragista e sua relação com quem administra a cidade. É entre quem quer mudança ou ininterrupção. Tem pouco ou zero a ver com polarização, federalização ou quaisquer outros “ão”.Basta ver o Datafolha:



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