Milei: Argentina não está pronta para regime de liberdade - 09/10/2024 - Mercado

Milei: Argentina não está pronta para regime de liberdade – 09/10/2024 – Mercado

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que não está pronto para suspender os controles cambiais do país, argumentando que uma data fixa para expelir a medida é incompatível com seu “regime de liberdade”.

Em entrevista ao Financial Times, o economista libertário argumentou que, para que os controles sejam eliminados, a inflação galopante do país precisa desabar ainda mais, entre outras condições econômicas.

“Não somos comunistas, somos libertários”, disse Milei ao FT. “Há uma questão filosófica por trás disso, que é que não posso definir datas porque não penso porquê um planejador medial. Pensamos em termos de um regime de liberdade.”

Os controles, impostos pelo governo anterior em 2019 em meio a uma crise econômica, fixam o peso a uma taxa solene e limitam as compras individuais e empresariais de moeda estrangeira, criando um mercado preto para a moeda americana e desencorajando o investimento estrangeiro.

Milei, que desvalorizou a taxa solene em mais de 50% ao assumir o incumbência em dezembro do ano pretérito, havia dito anteriormente que esperava expelir os controles em meados de 2024.

O presidente prateado prometeu transformar a pátria sul-americana fortemente regulamentada em uma das economias mais livres do mundo porquê secção de um projecto radical de terapia de choque para trinchar gastos e reduzir o governo.

Ele equilibrou o orçamento, encerrando anos de déficits financiados pela sentimento de verba do banco medial, e reduziu a inflação mensal de um pico de 26% em dezembro pretérito para 4,2% em agosto. No entanto, os preços subiram 237% nos últimos 12 meses.

Não somos comunistas, somos libertários. Há uma questão filosófica por trás disso. Não posso definir datas porque não penso porquê um planejador medial

O preço dos dólares no mercado preto caiu desde julho, reduzindo a diferença com a taxa solene do peso e levando alguns economistas a sugerir que o governo deveria aproveitar o momento para expelir os controles cambiais por completo.

A taxa solene é desvalorizada em 2% ao mês, uma menoscabo que foi superada pelo aumento dos preços ao consumidor oriente ano. Isso levou exportadores a reclamar que quase todos os ganhos de competitividade da desvalorização de 54% em dezembro foram agora eliminados.

A economia do país contraiu por três trimestres consecutivos.

Mas, quando questionado se era o momento notório para remover os controles, Milei disse, na entrevista conjunta com seu ministro da economia Luis Caputo no palácio presidencial Vivenda Rosada em Buenos Aires: “Não, ainda não.”

Caputo também questionou a urgência de expelir as restrições, dizendo que, embora não quisesse “subestimar as pessoas que olham para os controles cambiais… quase parece infantil focar em se [eles] terminam em dois, três, cinco ou oito meses. Isso não importa”.

Quando viajou para o exterior com o presidente, Caputo acrescentou, “sempre vemos investidores na economia real e, honestamente, ninguém pergunta sobre os controles cambiais”.

Milei argumentou que o governo anterior havia criado um excesso de pesos —que ele descreveu porquê um “excesso de verba”— ao imprimir cédulas e não permitir que os argentinos comprassem dólares livremente.

Ele disse que os controles poderiam “ser encerrados quando o ‘excesso de verba’ tiver terminado”, e acrescentou que três condições precisavam ser atendidas “simultaneamente” para isso.

Uma requisito era a queda da inflação mensal para menos de 2,5%, em confrontação com os 4,2% de agosto.

As outras condições envolveriam os bancos domésticos vendendo sua extensa posse de títulos do governo prateado de pequeno prazo para financiar o aumento de empréstimos para empresas e provisionar a demanda reprimida por dólares que se acumulou.

Para Caputo, “o mais importante para a Argentina é retirar os controles quando isso não motivar estresse para o nosso povo”.

Milei expressou frustração com investidores que exigiam saber quando os controles seriam eliminados, argumentando que atender às condições dependia em grande secção do comportamento do setor privado.

Ele acrescentou que a eliminação dos controles de capital não dependia de um congraçamento com o FMI (Fundo Monetário Internacional), ao qual a Argentina deve US$ 43 bilhões (R$ 240,1 bi). “Já começamos a retirar algumas das regulamentações que compõem os controles. E estamos fazendo tudo isso por conta própria”, disse ele.

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“Se alguém vier e nos der muito verba, muito, logo sim, terminaremos [os controles] amanhã. Mas estamos trabalhando porquê se isso não fosse suceder. É porquê se fôssemos extremamente avessos ao risco.”

Mas Caputo acrescentou que o governo ainda estava considerando iniciar negociações com o FMI sobre um pacote de empréstimo de substituição, que incluiria verba fresco “para aumentar as reservas líquidas” que “ajudariam a retirar os [controles cambiais]”.

O ministro da economia negou que a moeda estivesse sobrevalorizada. “Não podemos esperar que a taxa de câmbio real seja tão baixa quanto era durante a pior crise econômica da história da Argentina”, disse ele.

“Acreditamos que devemos lucrar competitividade não desvalorizando [novamente], que é o que a Argentina sempre fez”, acrescentou. “A solução é crescer, depreender um superávit [fiscal] e reduzir impostos.”

Caputo defendeu que a economia está melhorando à medida que as políticas de Milei ganham força e os efeitos da “desastrosa” política monetária da gestão peronista anterior desaparecem. Ele disse que os peronistas haviam impresso pesos equivalentes a 13% do PIB em seu último ano no incumbência para financiar os gastos do governo.

“Portanto, essa pressa, essa impaciência [para tirar os controles cambiais] é um erro que não vamos cometer”, disse Caputo.



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