Quanto mais popular se torna a meditação, mais estudados e difundidos são os seus benefícios individuais para a saúde física e mental. Mas a Monja Coen Roshi, uma das mais populares disseminadoras da prática, gosta de levar o debate para outro nível.
“A meditação”, diz ela em seu curso na CasaFolha, “é alguma coisa que nos transforma e, quando nós nos transformamos, nós transformamos o mundo.”
“Nós mudamos os nossos processos mentais [com a meditação], nós mudamos a nossa maneira de sentir e de estar no mundo. E quando mudamos isso em nós, nós mudamos em tudo à nossa volta”, afirma em aulas exclusivas no site casafolhasp.com.br, uma plataforma de streaming lançada pela Folha no ano passado.
“Por isso que, quando estou falando do zen-budismo, estou falando de uma grande revolução, uma transformação social, política e econômica. Não é só você. Você muda e, você tendo mudado, você é um elemento de transformação do mundo.”
No curso “O poder da meditação”, exclusivo na CasaFolha, a Monja Coen relembra sua formação monástica, aborda a história e os princípios do zen-budismo, ensina técnicas para meditar e explora os benefícios do zazen —a prática da meditação sentada.
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Membros da CasaFolha podem assistir a todo o conteúdo da plataforma, que já conta com 25 cursos de grandes personalidades, como o cineasta José Padilha, que fala sobre a arte de contar histórias, o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisa a economia, o escritor Itamar Vieira Junior, que ensina escrita criativa, e a psicanalista Vera Iaconelli, que trata da criação dos filhos.
Além disso, novas aulas são lançadas todos os meses. No próximo dia 28, por exemplo, a novidade será Lalo de Almeida, um dos fotógrafos mais premiados do Brasil. Com mais de 30 anos de experiência, ele ensina “Técnicas para a fotografia de impacto”.
Nas aulas da monja, ela explica que uma das principais transformações provocadas pela meditação é a capacidade de escolher em qual pensamento prestar atenção.
“O processo do zen é um processo de libertação, porque é um processo de conhecimento”, afirma. Como resultado, é possível aprender a dar pouca ou nenhuma importância aos sentimentos negativos.
“E aonde você vai, você não vai levar ódio, vingança, briga. Você vai levar respeito, consideração, compreensão. Mas, primeiro, tem que compreender a si. É compreender o processo mental, compreender onde é que você travou, onde é que você ficou no trauma, na briga, na luta com você e com o mundo. E libertar-se.”
Claro que essa habilidade não surge de uma hora para a outra. Ela requer treino. Para a monja, exercitar a mente com a meditação é como ir à academia —em uma caso, são os músculos que se desenvolvem; no outro, os neurônios.
Mas, de acordo com ela, quando a mente está afiada pelo processo meditativo, os benefícios pessoais e coletivos são palpáveis.
“Que sementes você está regando? Você quer regar a semente do ódio, da crueldade, da briga, da vingança? Ou você quer a da plena atenção, da percepção clara? Isso faz parte do processo meditativo. A escolha que você faz.”
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