Joildo Santos

Moradia, Consumo e Direitos no Cotidiano das Favelas

Regularizar para AvançarA regularização fundiária não é apenas um sonho; é um meio de transformação. Quando uma casa é regularizada, o morador ganha mais do que um endereço formal: ele ganha dignidade, segurança jurídica, e, acima de tudo, a possibilidade de transformar o imóvel em uma ferramenta de desenvolvimento.Um título de propriedade abre portas para financiamentos bancários. Um microempreendedor que vive na favela pode usar sua casa como garantia para ampliar seu pequeno negócio. Uma família pode reformar o lar, melhorar as condições de vida, e até gerar empregos locais com pequenas reformas.Porém, essa transformação depende de políticas públicas consistentes. É fundamental que o poder público implemente programas amplos e acessíveis de regularização, além de garantir a oferta de infraestrutura básica, como saneamento, energia e iluminação pública. Essas ações não só promovem qualidade de vida, mas também geram inclusão econômica e social para os moradores.Outro aspecto pouco discutido é a valorização das favelas ao longo do tempo. Áreas antes ignoradas passam a ser cobiçadas pelo mercado imobiliário. Essa valorização, porém, traz consigo um novo desafio: ações judiciais que ameaçam o direito à moradia.É irônico que, no momento em que a favela passa a ser vista como um ativo valioso, os moradores enfrentem a ameaça de remoção. O direito à moradia é fundamental e precisa ser protegido, especialmente quando ações legais em desfavor das famílias mais vulneráveis colocam em xeque décadas de luta por um teto digno.



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