E para esta sexta-feira está prevista uma noite difícil, com um déficit no horário de pico de mais de 1.800 MW, segundo fontes oficiais.Os 9,7 milhões de cubanos enfrentaram quatro apagões generalizados desde outubro, alguns com vários dias de duração. E os cortes diários programados viraram algo normal que, em algumas províncias, podem durar até 20 horas por dia.À meia-noite de quinta-feira, os moradores de Centro Havana, incluindo crianças e idosos, tentavam se refrescar nas varandas e calçadas, esperando a volta da energia elétrica para irem se deitar.Javier González, um cozinheiro de 44 anos, encontrou sua casa às escuras quando voltou do trabalho. Ele tirou o uniforme, vestiu apenas um short de algodão e se sentou em uma cerca em frente ao prédio onde mora. “O senhor imagina um trabalhador que está louco para chegar em casa, tomar um banho e se deitar para dormir, e na hora que chega, não tem luz?”, diz, com o suor escorrendo pela pele bronzeada.”O clima espiritual de cada cidadão é terrível porque é como lutar contra um demônio”, confessa, incomodado com a falta de sono.
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