O brasileiro recusou entrevistas por anos e diz que demorou a falar por temer pela própria vida. Ao jornal britânico, ele citou a morte de Virginia Giuffre, uma das denunciantes de Epstein, supostamente vítima de suicídio em abril deste ano, e de Jean-Luc Brunel, ex-colaborador do bilionário, que também teria se matado em 2022. “Eu tenho medo, porque, depois do que aconteceu com eles, quem sabe o que pode acontecer?”, afirmou.Valdson afirmou que quis falar agora porque teve vontade de “contar a verdade”. “Quero falar, de todo o meu coração, com base na vida que vivi com ele: ele não era o homem que falam que ele era”, disse.Ele confiava completamente em mim. Eu era o motorista, o cozinheiro, o empregado doméstico, eu fiz tudo em Paris, eu era o único funcionário em tempo integral dele. Trabalhei para ele de 2001 até a morte dele. Se alguém pudesse ter visto algo, este alguém seria o Valdson. Ninguém mais.Valdson Vieira Cotrin, ao jornal The TelegraphApesar das diversas testemunhas que apontam Epstein como líder de uma rede de pedofilia, o mordomo diz que não acredita nas acusações. “Se algo anormal ou assustador tivesse acontecido, se alguém tivesse gritado ou sido agredido, eu teria ligado para a polícia. Mas eu não vi nada”, disse ele.O brasileiro reconheceu, porém, que o bilionário “não gostava de mulheres mais velhas” e contratava garotas para “fazer massagens e cortar as unhas” dele. “Ele preferia a companhia das mais jovens, mas isso não significa que elas eram menores de idade. Elas certamente não pareciam menores de idade. Algumas ficavam por 10 minutos e saiam se não estivessem confortáveis, outras ficavam”, disse.Brasileiro afirmou que, após morrer, quer “servir Epstein lá em cima”. “No dia em que eu morrer, gostaria de continuar servindo a ele lá em cima – seu chá, café, seus sanduíches, seus pãezinhos e pães de queijo”, disse.
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