Órgão eleitoral da Colômbia abre investigação contra Petro, que fala em golpe - 08/10/2024 - Mundo

Órgão eleitoral da Colômbia abre investigação contra Petro, que fala em golpe – 08/10/2024 – Mundo

O Parecer Pátrio Eleitoral (CNE) da Colômbia anunciou nesta terça-feira (8) a sinceridade de uma investigação contra o presidente Gustavo Petro, dizendo que sua campanha eleitoral de 2022 violou limites orçamentários estabelecidos na lei.

De combinação com relatórios iniciais, a campanha gastou 5,3 bilhões de pesos (tapume de R$ 7 milhões de reais) a mais do que o permitido, e segmento desse verba teria vindo de doações de sindicatos de petroleiros e professores. Ou por outra, teria postergado gastos com propaganda eleitoral e com salários de funcionários.

Em resposta, Petro afirmou em um post no X que “o golpe começou” —antes, ele disse que haveria uma tentativa de assassiná-lo ou de removê-lo do função por meio do Judiciário. O presidente vai ser investigado pelo CNE junto de seu director de campanha, Ricardo Roa, hoje presidente da estatal Ecopetrol.

Dissemelhante do Brasil, onde o TSE pode cassar uma placa e remover até mesmo um presidente do função, o CNE colombiano não tem poder de destituir Petro, e pode no supremo multá-lo. Entretanto, caso o interrogatório avance, o órgão eleitoral pode recomendar um julgamento no Congresso.

Ainda assim, Petro seria julgado em uma percentagem onde a coalizão governista tem maioria, o que torna improvável sua destituição. Petro nega as acusações, e sua resguardo diz que o CNE procura violar o renda privilegiado presidencial.

O jurisconsulto do presidente, Héctor Carvajal, tinha antecipado em uma entrevista recente a uma emissora de rádio que não reconheceria nenhuma decisão do CNE e que tomaria as devidas medidas legais. Petro diz que o CNE é enviesado e que alguns de seus magistrados são próximos a partidos de direita.

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As suspeitas de violações orçamentárias começaram em julho de 2023, quando o fruto mais velho do presidente, Nicolás Petro, admitiu perante à Justiça ter recebido verba de um traficante de drogas para financiar eventos de campanha na costa caribenha da Colômbia, uma região tradicionalmente de direita, mas que votou em Petro nas últimas eleições.

A confissão de Nicolás ocorreu no contexto de uma investigação por suposta lavagem de verba, pela qual o fruto do presidente foi estagnado em julho de 2023. Nicolás Petro assegura que seu pai não sabia dessas movimentações financeiras.



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