A emissora pública americana PBS anunciou a demissão de cerca de 100 funcionários, o equivalente a 15% de seu quadro, em consequência do corte de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) anuais de financiamento federal decidido pelo Congresso —medida capitaneada pelo governo de Donald Trump— neste ano, informou o jornal The New York Times.
Segundo o veículo, a medida inclui 34 demissões imediatas e a suspensão de dezenas de vagas abertas. A rede de televisão também congelou contratações, viagens e reajustes salariais. Em mensagem a gestores de emissoras locais, a presidente da PBS, Paula Kerger, afirmou que as medidas foram o “último recurso” diante do corte de verbas públicas destinadas à programação educativa.
De acordo com a publicação, a organização já havia reduzido seu orçamento em 21% e diminuído a cobrança de taxas às afiliadas para tentar mitigar os efeitos da decisão do Congresso, aprovada em julho.
O corte de pessoal deve atingir todo o sistema de mídia pública dos Estados Unidos. A NPR, principal rede de rádio pública americana, anunciou a redução de 8% em seu orçamento, medida que a diretora-executiva Katherine Maher classificou de “primeiro passo” para enfrentar a crise.
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Em ambos os casos, as emissoras locais são as mais afetadas. Muitas dependem fortemente do financiamento federal e agora correm risco de encerrar suas atividades —algumas têm recorrido a editais e bolsas de financiamento como uma possível forma de garantir mínima sustentabilidade financeira.
