Pichações contra árabes e grupos pró-Palestina foram vistas em 17 de fevereiro em banheiro de campus da PUC-SP, em Perdizes

pichação anti-árabe na PUC-SP não era a única

“Apenas pintaram o banheiro”, dizem os alunos sobre resposta da universidade às pichações. “A Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias soube das primeiras pichações no dia 24 de fevereiro. Dali até ontem, apenas tinham pintado o banheiro. Mais nenhuma medida foi tomada”, seguem.O problema não é de um ou dois indivíduos que praticam racismo contra árabes. Estamos falando de algo que atinge a comunidade puquiana como um todo, que é estrutural e precisa ser tratado como tal. Portanto, a responsabilidade da Fundasp [mantenedora] e da Reitoria é de pensar em ações coletivas e comunitárias para tematizar e prevenir este tipo de acontecimento. Estudantes representantes do ESPP na PUC-SP, em notaClaro que, desde que ocorreu o ataque do Hamas e, na sequência, as ações de Israel, na medida que há manifestações públicas sobre o assunto, os ânimos se acirraram. Mas, em 35 anos de PUC, eu nunca tinha visto isso. O que me parece agora é que as pessoas passaram a ter mais coragem e se sentir mais à vontade para manifestar ideias racistas (…) e não está havendo uma resposta institucional adequada. Reginaldo NasserO que diz a PUC-SPPró-reitoria divulgou nota intitulada “Conflito Israel/Palestina e Convivência Universitária”, um dia após repercussão da pichação mais recente. A instituição reconhece, repudia e incentiva denúncias contra “a ocorrência de situações que configuram discriminação, racismo, agressividade, desrespeito, ofensas etc” dentro da universidade, mas não menciona diretamente as mensagens de ódio inscritas no campus. Para os estudantes do ESPP, os posicionamentos da universidade são “genéricos” e corroboram para que os recentes acontecimentos sejam “silenciados e encobertos”.Ao UOL, a reitoria da PUC-SP mencionou o caso. Em nota, afirmou que “repudia com veemência toda e qualquer manifestação discriminatória e racista, como a frase contra os povos árabes escrita anonimamente em um dos banheiros da Universidade, que já foi devidamente apagada”. Na sequência, diz que “ofensas atrás de anonimato denotam covardia” e que as pichações serão apuradas internamente “com a maior urgência, para que medidas cabíveis sejam tomadas”.



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