Lula criticou linha de pensamento de oligarquias do Nordeste. O UOL Confere pesquisou no Google a frase dita no segundo trecho utilizado pelas publicações enganosas (“Pobre é pobre. A gente tem que ganhar voto de pobre na eleição. Para que cuidar de pobre?”) (aqui). A declaração de Lula foi feita no encerramento da Caravana Federativa e do anúncio de investimentos no Piauí, em 21 de junho de 2024 (aqui, aqui e abaixo). No discurso original, o presidente criticou a forma de pensamento de antigos governantes locais, que só se importavam com os pobres na época das eleições. Checagens de agências verificadoras já haviam desmentido outras peças desinformativas sobre este episódio (aqui, aqui e aqui).Petista defendeu Bolsa Família de queixas da elite do país. A terceira declaração de Lula (“Pobre é imbecil, é ignorante”) aconteceu em uma entrevista dada ao podcast PodPah em 2 de dezembro de 2021 (aqui, a partir de 38min38, e abaixo), como se nota a partir de uma busca reversa (aqui): “Quando nós criamos o Bolsa Família, o que que a elite brasileira falava? ‘Ah, o Lula está criando vagabundo! O Lula está criando um exército de desempregados! Essas pessoas não querem mais trabalhar! Essas pessoas só querem agora fazer filho pra poder ganhar mais!’ Sabe o que acontece? É a falta de crença no povo pobre! É a falta de respeito às pessoas pobres. Porque todo mundo acha que pobre é imbecil, é ignorante. E está cheio de gente que acha que o cara é pobre porque ele quer”. As declarações também foram usadas em outros posts desinformativos, desmentidos por agências de checagem (aqui e aqui).Presidente ironizou governantes que dão atenção apenas aos mais ricos. Uma busca no Google pela declaração dada no quarto trecho (“O pobre é um número. Às vezes um número bonito para se utilizar em campanha”) (aqui) leva ao discurso proferido por Lula no Dia Mundial da Alimentação em outubro de 2021 (aqui, a partir do minuto 33, e abaixo), cuja fala completa é a seguinte: “Nenhum presidente de nenhum país do mundo se esquece do orçamento das Forças Armadas. Nenhum país do mundo se esquece dos orçamentos do Itamaraty, do orçamento do Ministério Público, do orçamento da Polícia Federal. Mas se esquece de colocar o pobre no orçamento. Por que o pobre não é levado em conta. O pobre é um número. Às vezes um número bonito para se utilizar em campanha. Eu há vinte anos atrás dizia: ‘Pobre é utilizado como se fosse papel higiênico. Tem uma baita de uma utilidade na época da eleição, mas depois joga ele fora e esquece.’ Eu estou falando isso, coisa que eu já falei há trinta anos atrás”. Agências verificadoras também desmentiram conteúdos que retiravam esta fala de contexto (aqui).
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