Uma novidade vaga de calor deve marcar o término de setembro e o início de outubro no país, com o ar quente e sequioso ganhando força no Sudeste e Núcleo-Oeste. A umidade do ar pode colocar em alerta em várias capitais, segundo a Climatempo.
As temperaturas ficam de 3°C a 5°C supra da média e as máximas podem entender os 39 ºC no interno de São Paulo, no Núcleo-Oeste, no Tocantins e no interno do Nordeste, segundo a sucursal.
Na cidade de São Paulo, o dia mais quente deve ser quarta-feira (2), com máxima de 36ºC e 21% de umidade relativa do ar —segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o nível ideal para o organização humano é de ao menos 60%.
Na segunda-feira (30), a mínima prevista na capital paulista é de 16ºC e a máxima de 33ºC. Na terça, a mínima vai a 19ºC e a máxima a 35ºC. A partir da quinta-feira (3), a chegada de uma frente fria reduz a temperatura máxima, que chega a 21ºC.
“O bloqueio atmosférico se mantém nos próximos dias, favorecendo altas temperaturas e baixa umidade principalmente no Brasil mediano”, diz Mariana Pallotta, meteorologista do Cemaden (Núcleo Pátrio de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
Entretanto, segundo o órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, já há mudança no padrão da estação.
“Voltou a chover na Amazônia e algumas pancadas de chuva, ainda que localizadas, ocorreram no Mato Grosso e em Goiás. Com a ingresso dessa novidade frente fria nessa semana, até o final de semana pode voltar a chover no Brasil mediano”, declara Pallotta.
Esta será a oitava vaga de calor do ano. Na última, neste mês, a cidade de São Paulo registrou a maior temperatura para setembro em ao menos 81 anos, desde que o Inmet (Instituto Pátrio de Meteorologia) iniciou a séria histórica, em 1943. Foram 36,7°C.
“Podemos ter novamente vários dias consecutivos com qualidade do ar comprometida, potencial ainda cimo para queimadas no país e visibilidade prejudicada com firmamento mais esbranquiçado”, informa a Climatempo.
A Resguardo Social de São Paulo, por meio do CGE (Núcleo de Gerenciamento de Emergências), aponta risco saliente de incêndio para todo o estado, com exceção do extremo leste, até pelo menos 2 de outubro. Entre 3 e 4 de outubro, o órgão mantém o alerta somente para o oeste do estado.
Já o Rio Grande do Sul, que nesta semana enfrentou chuvas intensas e queda de saraiva, com mais de 16 milénio moradores atingidos, volta a permanecer em alerta para precipitações intensas ao longo desta semana —em segmento por conta da vaga de calor na tira mediano do país.
Segundo a sucursal, o bloqueio atmosférico que se estabelece na região mediano do Brasil impede o progresso da chuva: “As massas de ar quente estão bloqueando o progresso da chuva, o que favorece a concentração das instabilidades sobre o estado gaúcho.”
No dia 1º de outubro, são esperados 12,7 mm de chuva sobre Porto Jubiloso —em setembro, choveu 230 mm na cidade, muito supra da média de 147 mm para o período.