Projeções mostram que a Áustria deu uma vitória inédita à ultradireita neste domingo (29), em mais uma exemplar do crescente espeque a essa força na Europa e cinco anos depois conservadores e ecologistas se unirem para governar o país.
Nos últimos meses, países uma vez que Holanda, França e Alemanha também registraram o vigor dos partidos radicais de direita no continente, que vê crescer a insatisfação dos eleitores com temas uma vez que transmigração e inflação.
Crítico à União Europeia e simpático à Rússia, o Partido da Liberdade da Áustria (FPO, na {sigla} em germânico) pode ter guardado 29,1% dos votos, segundo as projeções do instituto Foresight para uma emissora sítio divulgadas depois o fechamento das urnas.
A porcentagem o colocaria primeiro do conservador Partido Popular Austríaco (OVP), com 26,2%, e dos Social-Democratas de centro-esquerda, com 20,4%. Outro levantamento, da empresa de pesquisa Arge Wahlen, também colocou o FPO em primeiro lugar, com vantagem de quatro pontos percentuais.
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O vencedor não terá maioria absoluta, mas terá o recta de liderar uma coalizão —portanto, ainda não está simples se o FPO conseguirá espeque para chegar ao poder. Analistas acreditam que, mesmo em caso de vitória da ultradireita, o partido não terá cadeiras suficientes no Parlamento e não encontrará aliados para formar um governo.
Antes disso, a {sigla} já havia integrado o Executivo pela primeira vez em 2000, o que gerou protestos no país e sanções da União Europeia. Desde 2021, porém, quando Herbert Kickl, 55, assumiu a liderança do partido, a popularidade da legenda cresceu. Neste ano, o político fez campanha com slogans uma vez que “Ouse tentar um pouco novo”.
“Desta vez será dissemelhante. (…) Desta vez nós vamos vencer a eleição”, declarou Kickl na última sexta-feira (27), em Viena. Ele criticou as sanções do conjunto europeu contra a Rússia, atacou o atual governo e insistiu no concepção de remigração, que defende a expulsão de pessoas de origem étnica não europeia que não teriam se integrado plenamente ao país.
Já o atual premiê, Karl Nehammer, 51, —divulgado, aliás, por ser linha-dura em políticas anti-imigração— fez campanha com a promessa de “firmeza, em vez de caos”. Ao votar neste domingo, Nehammer voltou a pedir uma “política de firmeza” e o bloqueio das “vozes radicais”. “Há muito em jogo”, insistiu, em referência ao porvir da Europa e à Guerra da Ucrânia, invadida por Moscou em 2022.
O conservador já reiterou que se recusa a trabalhar com Kickl, que se autodenomina o porvir volkskanzler da Áustria —termo em germânico usado por Adolf Hitler na dez de 1930 que pode ser traduzido uma vez que “o chanceler do povo”.
Para impedir um governo de Kickl, pode ser necessário formar uma coalizão sem precedentes de três partidos, com o OVP primeiro, ao lado dos social-democratas e de um terceiro partido, que poderia ser o liberal NEOS (A Novidade Áustria).
A situação, no entanto, não é confortável —a popularidade dos conservadores registrou possante queda desde 2019, quando tinham o espeque de 37% da população. Seus aliados na coalizão, os Verdes, têm agora exclusivamente 8% de apoito nas pesquisas, quase metade dos votos recebidos em 2019.