PT ignora candidatura de Flávio Bolsonaro e ataca Tarcísio em resolução para 2026

Candidatura de Flávio não pode ser levada a sério, diz dirigente petista. Uma fonte da alta cúpula do partido ouvida pela reportagem afirmou que a família Bolsonaro é instável, que o senador assumiu ontem que pode desistir de concorrer e que ainda não teve tempo para o PT formar opinião sobre a candidatura. Por isso, a pré-candidatura de Flávio à presidência da República não foi mencionada nesta versão do documento. PT diz que Tarcísio transforma São Paulo em “laboratório” para “enfrentamento ideológico ao governo federal”. Além disso, a resolução do partido afirma que a gestão de Tarcísio atua para “redução radical do papel do Estado” e na “entrega de bens públicos”. O UOL entrou em contato com o governo de SP e aguarda posicionamento.Apesar da prisão de Bolsonaro, PT reconhece que o bolsonarismo continua “articulado e ativo”. O partido diz, no documento, que o movimento liderado pelo ex-presidente mantém um “núcleo fascista que disputa e hegemoniza setores importantes da política nacional”. Afirma também que o bolsonarismo recebe apoio da extrema direita por meio de “redes globais ligadas ao trumpismo” e ao “neofascismo europeu” e de plataformas digitais que espalham “desinformação em escala industrial”. Foco no SenadoDocumento defende que o PT dê prioridade à eleição para o Senado em 2026. Em meio a articulações da direita para eleger uma bancada robusta na Casa — o impeachment de ministros do STF faz parte da estratégia do bolsonarismo —, o PT alerta que a composição no Senado será “determinante para a aprovação de reformas estratégicas”. Por isso, torna-se “imprescindível que o PT dispute com força essas vagas em cada estado”.Setores do Congresso fazem “extorsão” com o Executivo, diz o partido. Segundo o documento, a relação do Planalto com o Legislativo é marcada por “momentos tensos”, que seriam causados por uma “instabilidade produzida deliberadamente” por “setores da direita, extrema direita, conservadores e setores fisiológicos” que se “apropriam” do orçamento público e “esvaziam” o presidencialismo.



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