O rompimento de uma adutora da Sabesp alaga ruas do bairro Jardim Damasceno, na zona norte de São Paulo, no início da noite desta quinta-feira (13).
O problema ocorreu por volta das 17h na Estação de Bombeamento do Jardim Damasceno, ao lado da avenida Deputado Cantídio Sampaio, a principal via da região. Desde então, muita água tem escorrido pelas ruas e até alagado as regiões mais baixas.
Nas redes sociais, moradores reclamam da impossibilidade de sair de casa e de transitar pelo bairro.
Adultos e crianças aproveitam o tempo um pouco mais quente para se refrescar nas águas. Algumas ficaram até sentadas na enxurrada, sem temer a força da corredeira.
Em nota à Folha, a Sabesp, que é a responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto, confirmou o rompimento e informou que suas equipes estão na estação para realizar o reparo do vazamento.
“Técnicos estão providenciando o fechamento da tubulação, medida essencial para garantir a segurança dos trabalhadores e viabilizar o conserto”, disse a nota. “A companhia pede desculpas pelos transtornos e reitera que está trabalhando para garantir a resolução do problema de forma mais breve possível.”
Ainda não há previsão de quando o conserto será finalizado.
O problema ocorre apenas três dias depois de a companhia anunciar seu faturamento no terceiro trimestre de 2025, período em que lucrou R$ 1,28 bilhão, tornando-se a terceira maior empresa de água e saneamento do mundo.
Neste ano, a Sabesp bateu recorde de retirada de água do sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, superando a média dos últimos oito anos e ultrapassando até mesmo o volume subtraído durante os anos pré-crise hídrica paulista de 2014.
Com isso, os níveis atuais dos reservatórios estão similares àqueles de 2013, mesmo depois das obras feitas à época para integrar novos mananciais ao sistema de abastecimento da região metropolitana da capital. Durante a crise hídrica, o volume de água dos reservatórios ficou muito baixo e foi preciso usar o chamado volume morto das represas e fazer racionamento na distribuição de água.
Nesta quinta, o sistema integrado dos mananciais da região metropolitana de São Paulo possui apenas 27,8% do volume total.


