O presidente dos EUA, Donald Trump, revogou nesta segunda-feira (20) uma medida de 2023 assinada por Joe Biden que buscava reduzir os riscos que a inteligência artificial representa para os consumidores, trabalhadores e a segurança nacional.
A ordem de Biden exigia que os desenvolvedores de sistemas de IA que representassem riscos para a segurança nacional dos EUA, a economia, a saúde pública ou a segurança compartilhassem os resultados dos testes de segurança com o governo dos EUA, em conformidade com a Lei de Produção de Defesa, antes de serem lançados ao público.
A ordem também orientava as agências a estabelecer padrões para esses testes e abordar riscos relacionados a produtos químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e de cibersegurança. A ordem de Biden surgiu enquanto os legisladores dos EUA não conseguiam aprovar uma legislação que estabelecesse diretrizes para o desenvolvimento da IA.
Os republicanos já planejavam revogar a ordem desde o ano passado, sob o argumento de que as regras impedem a inovação em IA. O partido também afirmou que “apoia o desenvolvimento de IA enraizado na liberdade de expressão e no desenvolvimento humano”.
A IA generativa, que pode criar textos, fotos e vídeos em resposta a comandos abertos, gerou entusiasmo, bem como temores de que possa tornar alguns empregos obsoletos ou ter outras consequências negativas.
Na semana passada, o Departamento de Comércio dos EUA emitiu novas restrições à exportação de chips e tecnologias de IA, que atraíram críticas da indústria, incluindo empresas como a Nvidia.
Biden emitiu uma ordem executiva separada na semana passada para fornecer apoio federal para atender às enormes necessidades energéticas de centros de dados avançados de IA em rápido crescimento, solicitando o arrendamento de locais federais pertencentes aos departamentos de Defesa e Energia. Trump não revogou essa ordem.