A Uber criou uma nova modalidade de trabalho: e, se em vez de apenas dirigir, os motoristas também treinassem inteligências artificiais? Enquanto estão parados, eles fariam microtarefas, pequenos trabalhos para ensinar robôs sobre o nosso mundo. Ainda é um teste e só funciona em alguns países. Mas o argumento é sedutor: oferecer renda extra. Na prática, o objetivo é para lá de estratégico: a Uber está de olho no promissor mercado de rotulagem de dados para treinar modelos de IA. O negócio já existe, tanto que a plataforma mais popular é o Mechanical Turk, da Amazon e o termo “microtarefa” é de 2008. Hoje, porém, diversas pessoas dependem exclusivamente dessas plataformas. As tarefas variam: rotular mensagens, tirar fotos de situações específicas, descrever imagens, gravar algumas palavras. Como o pagamento é baixo, os trabalhadores passam horas diante da tela, da mesma forma que os profissionais da Uber passam horas dirigindo. Em que momento, os motoristas encontrarão tempo para as microtarefas? É a pergunta que Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz respondem no novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas.
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