Ruas onde usuários costumavam se concentrar na Cracolândia estão esvaziadas

Vice-governador nega espalhamento da ‘cracolândia’

Os números apresentados são do próprio governo. O UOL, porém, não conseguiu confirmá-los de maneira independente, para saber se refletem a realidade. Questionado sobre usuários terem sido vistos circulando no centro, ele negou o ”espalhamento”. Moradores da região registraram na terça-feira a movimentação de grupos tentando se instalar em outros locais, mas sendo impedidos por viaturas. Femuth diz que, na verdade, se tratam de moradores em situação de rua – a grande maioria com alguma dependência química -, que já ocupam regiões como a praça Marechal Teodoro ”muito antes” do trabalho de sua gestão na Cracolândia.Nós não temos mais uma cena de fornecimento de drogas a céu aberto. Por isso, a cracolândia se diferenciava de todos os outros estados. O que temos agora são pequenas concentrações, não houve ”espalhamento” por conta do trabalho que foi feito dos dois últimos anos. O que existe é esses moradores em situação de rua, mais de 30 mil na cidade de São Paulo.Felicio FemuthAlém de ações na área da saúde, Ramuth cita ”mudanças na segurança”. De acordo com ele, houve o fechamento de pensões e ferros velhos ligados ao crime organizado, além do treinamento de policiais, criação de batalhões de polícia e intensificação da presença da Guarda Civil Municipal. O vice diz que os agentes têm sido treinados para abordar os usuários de ”forma correta” e oferecer assistência social.ONGs, no entanto, argumentam que a política de dispersão dos usuários se tornou mais violenta nos últimos meses. “A Prefeitura de São Paulo passou a adotar nos últimos dias a política de dispersar na pancada os grupos de pessoas em situação de rua e que consomem drogas na região da cracolândia, centro da cidade. Foi essa ação que provocou o esvaziamento do fluxo que estava concentrado na rua dos Protestantes”, segundo nota publicada pela organização Craco Resiste.Nunes disse estar surpreso com o “sumiço”Já o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse estar ”surpreso” e não informou para onde os usuários foram. “A gente tem informações de que existem uma movimentação para um outro local”, afirmou, sem dar mais detalhes. Ele ressaltou, no entanto, que a diminuição no fluxo da cracolândia tem sido gradativa: “Todos os dias vinha reduzindo a quantidade de pessoas lá. Pessoas indo para tratamento, voltando para seus estados, aceitando internação”.



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