Na segunda (11), ele estava quieto. Normalmente, Luiz saía todo dia com uma bicicleta amarela pequena pelas ruas de Ceilândia até o centro da cidade, na periferia do Distrito Federal. Também frequentava sempre uma rede de supermercados nas proximidades. Quase todo dia passava lá, segundo os funcionários, sempre cordial e tranquilo.Bicicleta e pássaro “desapareceram”. Mas, naquele dia, a bicicleta desapareceu do condomínio de quitinetes em que ele morava. Um passarinho amarelo, semelhante a um curió, que cantava bastante na vizinhança, também sumiu. “Ele deve ter dado um jeito de se livrar da bicicleta e do passarinho”, disse um conhecido, que conversou com o UOL, mas não quis ser identificado.Calado, ele não saiu da quitinete. Ficou o tempo todo em casa mexendo no celular, segundo os relatos.Na segunda, almoçou a refeição preparada por uma vizinha. Segundo o relato, Luiz estava quieto. Todos os dias ele pagava a ela R$ 15 por um prato de comida caseira e outro valor para o café da manhã. Quando não necessitava de alimento por ter algum compromisso, avisava com antecedência.Na terça, um dia antes do crime, abriu um sorriso. Apesar de continuar calado, ele elogiou o almoço: tilápia frita, arroz, feijão, alface e salada. “Que peixe, hein?”, teria dito, segundo a vizinha.Ele não avisou que dispensaria alimentação no dia seguinte, quando causou as explosões em Brasília.
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