Denúncia da PGR não teria relação com julgamentos feitos pela Justiça Eleitoral, segundo Zanin. Bolsonaro foi condenado pelo TSE a ficar inelegível devido a discurso de ataques ao sistema de votação que fez em uma reunião com embaixadores quando era presidente. Agora, o processo trata do envolvimento na tentativa de golpe de Estado. Episódio com embaixadores é citado no início na denúncia da PGR. De acordo com o documento, os ataques ao sistema de votação seriam parte da estratégia golpista de desacreditar instituições. Porém, para a defesa do ex-presidente, a menção a outro processo, em que o ministro se disse impedido, deveria levar Zanin a ser excluído do julgamento.Ministro afirma que não possui “qualquer sentimento negativo” em relação a Bolsonaro. Na explicação encaminhada a Barroso, Zanin diz que só teve um contato com Bolsonaro até o momento, em setembro de 2024. Na ocasião, os dois conversaram de forma “republicana e civilizada” em uma van no aeroporto de Brasília, enquanto aguardavam um voo para São Paulo.Caberá a Barroso analisar argumentos e decidir eventual impedimento de Zanin. No caso do pedido de impedimento de Flávio Dino, ele ainda não apresentou suas explicações. Compreender que o mero peticionamento na defesa de partido ou federação de partidos políticos por mim patrocinados representa causa de impedimento significaria conferir uma interpretação sobremaneira elástica às hipóteses legais, máxime porque o contexto investigativo criminal, como já coloquei, é distinto daquele mencionado pelo requerente.Vale dizer, não vislumbro atuação pessoal minha que envolva a hipotética participação do ex-Presidente da República nas imputações contidas na denúncia.
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