O ministro do Desenvolvimento Agrário e Cultura Familiar, Paulo Teixeira (foto), disse que serão feitos estudos sobre as condições de operação e defasagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). No último mês, a empresa deixou de constar no Programa Vernáculo de Desestatização (PND). O ministro reuniu-se com funcionários nesta segunda-feira (2).
Por conta do PND, a companhia deixou de investir em infraestrutura, porquê hidráulica, telhados e asfalto. Segundo o ministro, essas pendências serão revertidas em 2025.
“Agora, a saída permite dois investimentos, o investimento cá da empresa e o investimento também público, que possa ser feito através de emendas parlamentares. Com a saída [do PND], vamos fazer o levantamento e a presidência e diretoria podem fazer um apanhado de todos os investimentos emergenciais e ver se a empresa terá um superávit que possa virar para esses investimentos, e também vamos poder colocá-la no Orçamento de 2025 para aqueles investimentos que a gente possa dar conta no limitado prazo”, afirmou.
O investimento principal será feito por meio de convênios com o Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para financiamento de estruturas de armazenamento público, e com o Serviço Brasiliano de Esteio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para qualificação dos agricultores e distribuidores. “O Brasil tem um déficit de armazenamento e a Ceagesp tem silos, mas para que eles sejam úteis eles precisam de investimento em segurança. Nós vimos agora recentemente a explosão de um arrecadação por falta de investimento [em Palotina, Paraná], portanto temos de fazer investimentos e colocar todos os armazéns da Ceagesp para servir o Brasil”, explicou Teixeira.
Segundo o MDA, o investimento depende ainda do retorno das empresas em relação às necessidades mais imediatas de gestão, sendo uma estratégia de médio prazo, mas que deve ser iniciada com protocolos de intenção ainda levante ano. “O BNDES vai trabalhar conosco. Vamos assinar um convênio de fortalecimento nas próximas semanas e já vamos conversar sobre uma risca de financiamento do parque de armazéns, com início de uma risca de financiamento para essas três empresas [Ceagesp, CeasaMinas e Conab]. O convênio está pronto, só precisa assinar”.
No encontro com funcionários da meão, Teixeira destacou que será feito estudo para início de armazéns voltados à lavoura familiar, administrados pela Ceagesp. “Se a gente conseguir ampliar essa vocação para que o lavrador familiar venha e venda, as cooperativas venham e vendam, pode ser muito importante. Tem uma proposta na mesa, e nós queremos acelerá-la”, acrescentou.
Teixeira aproveitou a visitante para confirmar que José Lourenço Pechtoll, que está há 15 anos na companhia, permanecerá porquê diretor-presidente. Pechtoll, que era diretor técnico operacional, assumiu o função interinamente depois a morte de Jamil Yatim, que ocupava o função desde março de 2023 e faleceu no último dia 25 de agosto.
Em entrevista, Pechtoll destacou o estudo da Instalação Instituto de Governo (FIA) para mapear cargos e funções na Ceagesp. O estudo, com previsão de porfiar mais dez meses, vai subsidiar o próximo concurso público na companhia, ainda sem data prevista, e a regeneração das carreiras.